sábado, 9 de junho de 2012

UM "CHEGA" ÁS PESQUISAS FAJUTAS

No Rio de Janeiro, após a mudança do "Jornal do Brasil" para a internet, as chamadas "pesquisas turísticas" desapareceram. Antes, quase todos os meses, uma universidade dedicada ao turismo soltava uma pesquisa na qual divulgava dados que ,supostamente, refletiam os pensamentos dos visitantes estrangeiros entrevistados. Eles diziam que tinham ou não tinham gostado disso e daquilo, durante a estada no Rio, davam palpites em geral favoráveis, que o jornal publicava como se fossem verdades indiscutíveis.Pesquisadores e fontes nunca eram individuados.
No jornal "O Globo" o escritor Elio Gaspari publicou há dias uma nota, sob o título "Transparência", na qual destaca uma nota da "American Economic Association" divulgada por Delfim Netto, na qual pode ser lido que, a partir do dia 1º de julho, todos os trabalhos publicados deverão informar, entre outros pormenores, quem financiou a pesquisa,quais foram as fontes consultadas, se o autor da pesquisa tem funções em instituições que estejam relacionadas com os temas tratadas no texto, se o artigo publicado já foi lido por outras pessoas. Além disso caberá à AEA informar se há potenciais conflitos de interesses relacionados com o que foi publicado.
Após essas exigências que visam evitar que eventuais informações de interesse restrito sejam divulgadas como verdades e possam influenciar importantes tomadas de decisões, quem acredita nas pesquisas espera que as mesmas estejam o quanto antes vigorando também no Brasil, em todos os setores que recorrem às pesquisas.

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