sábado, 16 de junho de 2012

CARTA DE COMISSÁRIO DA VARIG À SENADORA ANA AMÉLIA

Nestas últimas semanas,com frequência tem aparecido na internet cartas dirigidas a deputados ou senadores, com o objetivo de lembrar-lhes que os ex-funcionários da Varig ainda esperam que suas pressões convençam o Supremo Tribunal Federal de que também o "caso" dos aposentados Aerus merece ser julgado.Será que os milhares de aposentados e seus mais de 10 mil dependentes  não mereceriam do STF a mesma atenção que é dada às falcatruas de alguns políticos e parlamentares?
A última carta que apareceu na internet, dirigida à Senadora Ana Amélia e repassada como sempre pelo incansável Nelson P.Ribeiro ,mereceria ser reproduzida na integra, pois é a epístola triste de um homem cansado de esperar, enquanto os anos e as doenças avançam, representando as condições atuais nas quais se encontram a maioria dos aposentados do Aerus.
 O ex~comissário da Varig, Bolognesi, é o escrevente: o tom de sua carta é diferente daquele de muitas outras.Após um breve agradecimento à Senadora, que compara ao  "saudoso senador Jefferson Peres",pelo apoio que tem dado aos aposentados, ele não tem medo de criticar "o caráter deplorável desse desgoverno" e do " pior executivo que o Brasil teve a desgraça de conhecer" , sem contar o Legislativo, escrito em letras maiúsculas só "por abrigar pessoas como a senhora e Alvaro Dias,por exemplo". Também o nome do  Judiciário,do qual "também pouco ouso esperar, é escrito em maiúscula " afirma o comissário, "por respeito à ministra Carmem Lúcia que perde os sono,acredito que de maneira sincera,com o caso do Aerus e com o sofrimento das famílias dos ex variguianos como eu".
Escreve textualmente Bolognesi :Cara Senadora,o estado das coisas que se passam com pessoas como nós, forçados a uma longa privação de recursos da maneira mais torpe, pelas portas da mais infame injustiça,será talvez num futuro distante o objeto de estudos sociológicos, filosóficos, da aplicação da lei, do exercício do direito e até da medicina, ao se debruçar sobre os efeitos psicológicos e físicos que se desencadeiam pela exposição - involuntária do individuo - a situações como a que nos é imposta".
Ele encerra expondo brevemente a sua precária situação de saúde, aos 65 anos, afirmando que no momento agradece "a Deus pelas dores suportáveis, porque ainda não cheguei aos limites que elas podem alcançar" .  

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