domingo, 24 de junho de 2012

LATAM NÃO PODERÁ INTEGRAR A STAR ALLIANCE

Quando, em setembro de 2011, o Tribunal de Defesa da Livre Concorrência do Chile , entre as normas impostas à Lan para aprovar a sua fusão com a Tam incluiu que, em nenhum caso, a futura Latam poderia pertencer à mesma aliança à qual em futuro estivesse associado o grupo AviancaTaca, poucos sabiam que em menos de um ano essa imposição viria a ser um obstaculo insuperável para a nova empresa aérea ingressar  na Star Alliance. De fato, tendo na semana passada a AviancaTaca conseguido entrar nas Star Alliance, eliminou a possibilidade da Lan - que pertence à OneWorld - se unir ao grupo Star Aliance,ao qual pertence a Tam , limitando assim as possibilidades de migração da Latam à escolha entre uma das duas restantes alianças,a OneWorld e a SkyTeam.
Para a AviancaTaca, o ingresso na Star Aliance , que contou com o apoio maciço da Lufthansa, foi a coroação de longos meses de tratativas,para atender todas as exigência dessa aliança, que reúne agora 28 companhias aéreas que operam cada dia cerca de 21.500 voos em 123 países. Para a Star Alliance foi mais uma oportunidade para se destacar como a mais poderosa entre as congêneres que disputam a adesão de mais empresas, pois com isso podem oferecer com uma única passagem maior numero de conexões para o mundo inteiro.Na mesma oportunidade,também a Copa Airlines ( que a partir de quarta -feira começará a operar entre Recife e Las Vegas , via um rápido stop em Cidade do Panamá) foi aceita na Star Alliance, ampliando sua rede de conexões entre Europa,América do Sul e Estados Unidos.
Deve todavia ser enfatizado que em troca do ingresso da AviancaTaca e da Copa, a Star Alliance perdeu não somente a adesão da Tam, como possivelmente também aquela da Lan, e que sem dúvida a maior prejudicada foi a empresa brasileira.De fato parece agora inevitável que a Latam ficará na aliança à qual adere a Lan, a OneWorld, a não ser que as diretorias chilena e brasileira decidam optar pela SkyTeam, que das três alianças é a mais fraca.Essa possibilidade é considerada improvável, ainda mais em vista dos ligações da Lan com a OneWorl, da qual foi uma das fundadoras.
Todos esses acontecimentos estão merecendo alguns comentários 'não oficiais'. O primeiro está relacionado com os elevados interesses comerciais que existem em cada aliança, em parte complementares dos objetivos declarados, que se resumem no oferecimento aos viajantes de facilidades para seus deslocamentos para o maior número possível de países.Esse assunto foi recentemente objeto de promoção de parte da Star Alliance, ao oferecer uma completa "volta ao mundo" aos passageiros das empresas a ela associadas. Não pode também ser ignorado que a AviancaTaca estava pleiteando há dois anos a sua admissão na Star Alliance e que isso não podia ser ignorado pela Lan e pela Tam.A aérea chilena estava portanto com uma carta marcada e a Tam já sabia que a escolha da "sua" Star Alliance teria ficado impossível.Outro ponto a ser mencionado está relacionado com o apoio dado pela alemã Lufthansa ao ingresso da aérea colombiana na aliança à qual ela pertence, tendo em vista seu declarado interesse ( condicionado à permanência da Star Aliance no Brasil)  em participar do leilão de privatização da Tap, cujas dez rotas para cidades brasileiras  representam um precioso elo entre as companhias europeias e as norte americanas.
     

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