MUDANÇA DA PREVIDÊNCIA DA "TAP MANUTENÇÃO & ENGENHARIA BRASIL"

Quando, em meados de abril passado, o presidente da Tap, Fernando Pinto, viajou para o Rio, o "Diário Econômico" português dedicou duas inteiras páginas,fartamente ilustradas, para contar aquele que suponha fosse o motivo de sua vinda ao Brasil. Ele estava relacionado com a conjuntura e as contas das atividades da "Tap Manutenção& Engenharia  Brasil", desde 2006 data de sua compra das instalações da antiga VEM - que pertenceu à Varig - dos então controladores da empresa GeoCapital ,que haviam conseguido com capitais chineses de Stanley Ho adquirir seus hangares em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.
O balanço se apresentava amplamente negativo, pelo fato que ao longo de seis anos a Tap havia enfrentado inúmeros problemas para reorganizar o prestigioso centro de Manutenção, inclusive de natureza trabalhista. Desde o começo ficou evidente que, como havia previsto Fernando Pinto na época da aquisição, teria sido necessário bastante tempo para que o empreendimento superasse às barreiras financeiras encontradas, que incluíam dívidas da VEM com o governo brasileiro.Mas aos poucos, clientes velhos e novos voltaram à nova "Tap M&E Brasil", sendo que atualmente falta espaço para atender todos os pedidos de manutenção, pois aquele disponível em dois hangares ( para dez aviões) é insuficiente nos meses de maior demanda, assim como há limitações de atendimento nos dois hangares dedicados aos componentes, com destaque para os motores.
Mas algo de novo destinado a envolver como nunca capitais e trabalho,acabou de ser anunciado e deverá contribuir para manter elevadas no  Brasil as qualidades dos serviços de manutenção de aeronaves, numa atividade compartilhada com a TapM&E que opera em Lisboa.
Foi oficializado que o Plano da TapM&E Brasil , após um longo processo de negociações com os sindicatos e com o envolvimento profissional da Previc, de técnicos da Petros e de consultorias especializadas, migrou para o nome de TAPMEPREV : no empreendimento, que reúne 2050 colaboradores, a maioria já são participantes ativos do antigo plano , sendo previsto que cerca de outros 650 contribuintes atuais e 570 colaboradores deverão transferir seus recursos para a nova iniciativa.Nessa transferência o novo plano cria um sistema de administração fechado, que não visa lucro, no qual os trabalhadores são os mais beneficiados, de acordo com declarações de José Edson da Cunha, secretário-adjunto da Secretaria de Política da Previdência Complementar.
Também o diretor-presidente da TAP M&E Brasil, Nestor Koch, durante a cerimônia que na sede da empresa no Rio de Janeiro oficializou a transferência do Plano, destacou a importância da iniciativa ,que incorpora agora a Petros, oferecendo a todos os trabalhadores as vantagens da previdência complementar.