sexta-feira, 31 de agosto de 2012

IMPORTANTE COMUNICADO DO AERUS

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2012. Assunto: Esclarecimentos quanto a Sentença proferida nos autos da Ação Civil Pública nº. 2004.34.00.010319-2.(2ª edição revista pelo Aerus) Prezados participantes, Conforme explicado no Comunicado nº. 010/2012, de 07 de agosto de 2012,(cujo segundo paragrafo foi modificado a pedido do interventor) para que o Aerus pudesse assumir o pagamento dos benefícios dos participantes assistidos dos Planos de Benefícios Varig e Transbrasil até o trânsito em julgado da decisão, era necessário que a União cumprisse de imediato a decisão proferida no Agravo de Instrumento nº. 2006.01.00.016434-4. Como até o momento o Aerus não recebeu nenhum aporte da União, informamos que estamos fazendo o adiantamento de crédito na forma adotada até então.Esclarecemos que estamos adotando as medidas necessária no sentido de realizar o pagamento tão logo seja recebido o repasse da União. Finalmente informamos que a medida que novas situações forem sendo verificadas, estaremos divulgando novos comunicados contendo informações mais detalhadas referentes ao assunto. Atenciosamente, Instituto Aerus de Seguridade Social (sob intervenção)* * * * * * NOTA do Blog Ida&Volta Ao conteúdo esclarecedor e bastante promissor da mensagem do interventor, deve ser acrescentado o impacto de mais um pronunciamento do Senador Paulo Paim , que contou com o apoio da Senadora Ana Ámelia.Na reunião realizada ontem no Senado Federal, Paulo Paim fez um breve histórico da longa luta dos aposentados e apelou à Advocacia Geral da União para que não prolongue com recursos inúteis o sofrimento dos milhares de aposentados que,após seis anos de espera,tiveram enfim seus diretos reconhecidos, pois - como aconteceu em outras ocasiões - diante da sentença judicial o pagamento das aposentadoria deverá por lei ser cumprido.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A AGU AGE CONTRA OS DIREITOS DO AERUS

Como previsto, a Advocacia Geral da União, logo após recebido o processo com a decisão judicial favorável ao pagamento imediato das aposentadorias devidas aos membros do fundo Aerus, recorreu contra essa decisão. Para complicar,se possível, e certamente para atrasar o desembolso dos valores correspondentes aos Planos I e II, a AGU decidiu envolver na questão também o setor que cuida de assuntos de Recursos Especiais e Extraordinários,ao qual remeteu a documentação para , supostamente,opinar sobre uma decisão que, por lei, não permite recursos e, como ordem judicial, deveria ter sido obedecida imediatamente pela AGU.Mais uma vez triunfam burocracia e insensibilidade governamental frente à urgência de solução de um problema que atinge milhares de aposentados.Os dados dessa remessa, divulgados oficialmente,são os seguintes: 28/08/2012 16:29:00 - 220350 PROCESSO REMETIDO PARA ASS. RECURSOS ESPECIAIS E EXTRAORDINÁRIOS ; 28/08/2012 16:16:39 - 180200 PETIÇÃO JUNTADA nr. 2934543 AGRAVO (INOMINADO/LEGAL/ REGIMENTAL) - UNIÃO

terça-feira, 28 de agosto de 2012

FROTA DEMAIS AINDA COMPLICA A GOL

Sob o título "Frota em excesso causa prejuízo à Gol"num texto publicado há um ano (em 21/8/2011) em nosso site "Aeroconsult" - antes que a própria empresa o admitisse - havíamos identificado no número excessivo de aeronaves uma das causas principais dos problemas financeiros da aérea de Constantino Jr. O artigo dizia : "Nos últimos meses a Gol registrou uma surpreendente perda de rentabilidade. Até em julho, mês tradicional de boas receitas para as empresas aéreas, a companhia ex-low fare tem acumulado perdas na luta tarifária com as congêneres. Ocorre que a redução do tráfego durante o dia e o número insuficiente de slots para atender o fluxo potencial dos homens de negócios, intenso nos vôos da manhã e nos retornos da noite, reduzem a utilização de sua frota,que tem registrado crescimento numérico".A fusão com a Website abriria através de seus slots mais acessos às aeronaves da Gol nos principais aeroportos nacionais nas horas de demanda mais intensa. No texto podia ser lido ainda :" As atuais dificuldades da Gol foram evidenciadas pela comparação dos resultados de seu balanço do segundo trimestre com aqueles dos mesmos meses do ano passado: no conjunto de suas operações domésticas e internacionais ela teve uma receita 3,5% inferior aquela de 2010 vendendo R$ 1,566 bilhão neste ano, contra R$ 1,590 bilhão no anterior....encerrando o segundo trimestre com prejuízo de R$ 358,7 milhões,valor seis vezes superior ao do mesmo período do ano passado (RS 51,9 milhões).No primeiro trimestre ela havia obtido um lucro líquido de R$ 110,5 milhões. Diante desses resultados, o presidente Constantino Jr. anunciou corte de despesas por R$ 650 milhões, afirmando ter confiança de que esse é o caminho para a recuperação financeira da Gol ao longo dos próximos 12 meses. O presidente acenou também à necessidade de “crescimento na utilização da frota”.Na época, foi dito que a fusão com a Webjet abria a possibilidade de substituir os velhos B737-300 com os novos e excedentes 737-800 da Gol.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A ANAC QUER IMPOR CONTROLES NOS VOOS INTERNACIONAIS

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizará audiência pública para discutir proposta de resolução que estabelece regras de controle sobre os passageiros de voos inrtenacionais. A resolução prevê a disponibilização de Informações Antecipadas sobre Passageiros (API) e o Registro de Identificação de Passageiros (PNR). O aviso sobre a realização dessa nova audiência pública foi publicado na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União. Na minuta da resolução é esclarecido que o Sistema de Informações Antecipadas sobre Passageiros (Advance Passenger Information - API) é um sistema de comunicação eletrônica pelo qual dados pessoais de passageiros e tripulantes são coletados e transmitidos às autoridades competentes pela segurança e controle das fronteiras, antes da saída ou da chegada do voo,ficando à disposição dos agentes de fiscalização no aeroporto. O Registro de Identificação de Passageiros (Passenger Name Record - PNR) é um registro dos dados de cada viagem reservada, por ou em nome de um passageiro, que as empresas aéreas ou seus agentes autorizados irão criar para uso próprio. "As empresas brasileiras e estrangeiras que exploram serviço de transporte aéreo público, com exceção das empresas de táxi aéreo, devem disponibilizar os dados de API dos passageiros e tripulantes a bordo de suas aeronaves em voos internacionais com destino, origem ou trânsito pelo território nacional", determina a Anac,afirmando como justificativa que a disponibilidade desses dados trará vários benefícios.Entre eles são citados :melhor gerenciamento do processamento de migração de passageiros; maior controle para evitar o transporte de drogas; diminuição do risco de terrorismo; adequação de processos visando a grandes eventos; melhor controle no ingresso de produtos proibidos no País. Sem discutir no momento o mérito do projeto de lançamento dos API e PNR nas rotas internacionais do país,a primeira impressão é de que esses controles sobre os embarques, além de ter clara inspiração norte-americana, fariam parte das exigências "oficiais" das autoridades dos Estados Unidos para facilitar a concessão e a eventual isenção de visto aos viajantes brasileiros.Antes de qualquer comentário é oportuno aguardar se haverá apoio público â implementação de ambas as exigências, assim como a reação das empresas aéreas não norte-americanas que operam voos para o país.

domingo, 26 de agosto de 2012

A IATA SUGERE MENOS INFRAERO NOS AEROPORTOS

Carlos Ebner não é novato na aviação comercial.Por isso foi indicado recentemente pela IATA , a associação internacional de aviação,para representa-la como diretor no Brasil.Um cargo importante no setor dos transportes aéreos, que já viu em atividade no país ,talvez há quase cinquenta anos,inspetores temidos pela indústria,como foi John Procter. Só que atualmente a IATA colabora com a indústria, quando em passado se concentrava na busca das infrações cometidas pelas aéreas,aplicando multas sem parcimônia. Há dias, em reunião realizada em Brasília, Ebner relacionou aos executivos presentes, inclusive do governo,os efeitos de 1,3% produzidos pela chamada "cadeia produtiva da aviação comercial" sobre o PIB brasileiro,identificados em estudo do Oxford Economics que incluiu também vários segmentos que operam no turismo. O evento,ambiciosamente chamado de "Aviation Day" teve o objetivo não abertamente declarado de chamar a atenção do governo sobre a importância de uma atividade que raras vezes recebeu das autoridades a atenção merecida.De fato cada falência de empresas integrantes da indústria é um desperdício de imagem do país,além de afetar milhares de aeroviários e de aeronautas que se haviam dedicados à profissão.Nesse contexto, a presença da Infraero nos aeroportos, até agora confiada a executivos incompetentes escolhidos entre os políticos, tem comprometido o progresso desse setor, essencial para o crescimento dos transportes aéreos. O representante da IATA enfatizou também a necessidade de mais concessões e privatizações nos aeroportos,afirmando que a associação não entende "por que a presença neles da Infraero teria que ser tão grande", ainda mais que "o modelo atual está ultrapassado e não funciona mais".Ao mesmo tempo, como medida de atualização e consolidação da indústria no país, a IATA apoia a retomada das discussões sobre o aumento de 20% para 49% do limite de participação de capitais estrangeiros nas empresas aéreas brasileiras,atualmente congeladas por suposta interferência da presidente da República. Na reunião foi lançada oficialmente a Abear,Associação Brasileira de Empresas Aéreas,que sob a presidência de Eduardo Sanovicz terá a função de desenvolver atividades mais dinâmicas relacionadas com o dia-dia da indústria, ficando com o Snea, que é o Sindicato da categoria, as negociações trabalhistas e a estudos técnicos de interesse das companhias aéreas.

O PRAZER DE NÃO SER ENGANADO

Está aumentando o número de turistas que se apresentam ao Procon ou à Delegacia de Polícia para denunciar um golpe bastante original : antes de viajar para o Rio de Janeiro procuraram na internet informações sobre diárias de hotéis ou,quando em grupo, sobre o aluguel por semana ou por mês de um apartamento localizado não muito distante das praias cariocas ou do centro da capital paulista.Achavam ter feito um bom negócio, pois o diária ou o aluguel mensal eram bastante inferiores à media.Mas haviam sido enganados. Desde o ano passado,com a divulgação pelo mundo da excelente situação econômica do Brasil e da grande melhoria da segurança pública nas grandes cidades,muitos candidatos a turistas estão buscando uma maneira para ter umas boas férias em São Paulo ou no Rio gastando o mínimo possível na hospedagem,notoriamente bastante cara no país.Suas buscas na internet tem levado dezenas de pessoas a procurarem os proprietários de apartamentos que na internet estavam sendo oferecidos em aluguel por temporada, por semana ou por mês a preços realmente convenientes.Estabelecidos os contatos por e-mail o negócio era virtualmente fechado, sendo para isso suficiente que o turista interessado depositasse num determinado site o valor combinado.O site existia, mas a transferência do dinheiro pago on-line havia desaparecido.À vezes, para melhor impressionar os interessados, toda a troca de mensagem com o "proprietário" é feita em inglês,da mesma maneira como tem acontecido em outros países,onde dezenas de pessoas também foram enganadas. Em casos como esse, o fim da história é surpreendente somente para os ingênuos que caíram no golpe : o turista chega, se dirige ao endereço onde deverá se hospedar e descobre que o apartamento não existe ou que nele já moram à tempo pessoas que nada tem a ver com a proposta de aluguel. E quando tenta recuperar o pagamento adiantado, que depositou em determinado site,descobre que o site ignora às suas mensagens.E sendo que ninguém é de ferro,cansado vai à procura de um quarto ou de um apartamento, onde morar até a data prevista para a viagem de volta.E às vezes passa pela Polícia o pela Delegacia de Defesa do Consumidor,inutilmente.

sábado, 25 de agosto de 2012

QANTAS CANCELAS 35 ENCOMENDAS DE B787-9

O declínio do tráfego aéreo está se tornando um problema global, que além de seus efeitos imediatos nas receitas das empresas, exige mudanças profundas em seus planos de crescimento. A ultima confirmação dessa conjuntura veio da Austrália: a Qantas, alegando "um incerto contexto global" e menores crescimentos no tráfego mundial, acabou de cancelar as 35 encomendas confirmadas de 35 Boeing 787-9s, permanecendo com os direitos de compra de 50 aeronaves desse mesmo modelo,para entrega a partir de 2016.Com isso a Qantas, que pela primeira vez desde 1955 tem encerrado em junho o seu balanço anual com a perda de US$ 255 milhões, causada por suas rotas internacionais,enquanto as domésticas deram lucro de US$ 600 milhões, reduzirá de US$ 8,5 bilhões os gastos que havia previsto para aumento da frota.Todavia, antes dos 787-9s a aérea australiana , a partir do segundo semestre de 2013 deverá receber o primeiro de seus 15 Boeing 787-8s. As perdas da Qantas foram em parte causadas pelo aumento de US$ 645 milhões no custo do combustível, cuja despesa chegou a US$ 4,3 bilhões,para alimentar uma frota que inclui 12 Super-jumbos A380 ,já em serviço, enquanto procede sucessivamente à reconfiguração de 9 Jumbos 747.

CONTRA O "CHOQUE DE CUSTOS",AÉREAS NACIONAIS IRÃO SUBIR PREÇOS DAS PASSAGENS

Tam e Gol, pelas palavras de seus presidentes,Marco Antonio Bologna e Paulo Kakinoff, atribuíram ao aumento de preço do querosene de aviação a causa principal das perdas de respectivamente R$ 928 milhões (Tam) e R$ 715 milhões (Gol), registradas no segundo trimestre do ano.Parece que as medidas de contenção dos gastos com os tripulantes e a redução da oferta de voos, que eliminou numerosas frequências não rentáveis, não foram suficientes.De fato o erro foi assinar, na euforia de 2010 e 2011, contratos de leasing de aeronaves que desde o segundo semestre do ano passado excederam o crescimento da demanda por voos domésticos, que para 2012 está sendo estimado em cerca de 8%. Os executivos das duas empresas adiantaram que se o combustível permanecer no atual patamar elevado de custo " uma recuperação tarifária poderá acontecer".Ou seja, também para compensar o aumento de 11% da taxa de câmbio do dólar, que se verificou entre abril e junho - quando a rentabilidade operacional caiu ainda mais - Tam e Gol deverão recorrer a tarifas mais elevadas, em percentagem e data ainda não comunicadas. Quanto às consequência desses aumentos sobre o fluxo de embarques,a serie histórica indicaria uma leve diminuição inicial da demanda, seguida pela aceitação das novas tarifas, como já ocorreu no passado e como se verifica atualmente em todos os itens alimentares e de serviços que, no país, são seguidamente alterados pela inflação. A dúvida está relacionada com a validade prática dos aumentos tarifários,considerando que as perdas de R$ 1,634 bilhão acumuladas pela Tam e pela Gol no segundo trimestre, são bem mais elevadas do aumento de preço do combustível, que representa cerca de 34% dos custos operacionais. Em todo caso a solução do dilema não pode ser adiada,pois ambas as empresas tem folego financeiro moderado e não há de parte de seus acionistas , nas circunstâncias atuais, interesse em investir mais.

AIR FRANCE E ROLLS-ROYCE NÃO SE ENTENDEM

O "Financial Times" de quinta feira reporta o contraste surgido entre a fabricante inglesa de motores a jato, Rolls-Royce, e a Air France-KLM, em relação à manutenção dos reatores de 25 aeronaves Airbus A350,que a aérea pretendia adquirir desde o final de 2011. A empresa inglesa é a única fornecedora dos reatores Trent dos A350,que instala após assinatura pelo usuário de um contrato a longo termo chamado de "Total Care" , que prevê de sua parte a manutenção e todos os eventuais consertos. Enquanto a Rolls-Royce não quer renunciar a essa exigência, que lhe propicia bastantes receitas, a aérea franco-holandesa - para reduzir os problemas e as pesadas perdas causadas por suas atividades de transporte - acabou de estruturar sua própria Divisão de apoio e manutenção,que em 2011 lhe proporcionou 7% das receitas do grupo e neste primeiro semestre foi o único setor rentável da companhia. O contraste está afetando também a Airbus, pois ainda não foi assinado o contrato de venda dos 25 A350, cujo valor alcança US$ 6 bilhões.

PERVERSIDADE GOVERNAMENTAL

Não é a primeira vez que o Senador Alvaro Dias fala aos colegas, em reuniões oficiais, sobre os problemas dos aposentados do Aerus e endereça apelos calorosos ao Governo, para que reconheça os erros cometidos e providencie as medidas legais e justas para resolver a penosa situação financeira de milhares de ex-trabalhadores da Varig. Em seu ultimo discurso proferido na quarta feira passada no Senado Federal, o Senador se dirigiu à colega Ana Amélia e aos senadores presentes para assinalar sua inconformidade pelo fato do Governo Federal ter admitido que cumpriria " decisão do Supremo Tribunal Federal que diz respeito à antecipação de tutela beneficiando os aposentados e pensionistas do Aerus que vivem um calvário há tantos anos" e, após algumas considerações sobre o caso, afirma:"O Supremo,recentemente, concedeu liminar determinando o pagamento dos valores a que fazem jus centenas,milhares de aposentados e pensionista filiados ao Fundo Aerus.Pois bem,o Governo deu a entender que cumpriria a decisão do Supremo,que é a Suprema Corte.É irrecorrível essa decisão.No entanto,de forma sorrateira,sabe-se agora que a Advocacia Geral da União recorre.Recorre da decisão do Supremo Tribunal Federal,atitude de perversidade de um Governo que demonstra insensibilidade...e maltrata,de forma exagerada aposentados e pensionistas que,há tanto tempo,aguardam o reconhecimento do trabalho que realizaram durante muitos anos.Fica o registro mais uma vez desta tribuna".

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

SUSPENSE : EM SETEMBRO A UNIÃO PAGARÁ AS APOSENTADORIAS DO AERUS ?

O blog que agora está sendo alimentado pelos herdeiros do Dr.Maia, continua acompanhando os movimentos oficiais da Advocacia Geral da União, após o recebimento da decisão judicial exigindo o cumprimento de parte do governo dos pagamentos mensais aos aposentados do Aerus.O que foi apurado, segundo comunicado no blog da semana passada,é que a AGU entrou junto da presidência do TRF1 "com novo perdido de suspensão de liminar" , contradizendo suas afirmações anteriores de que estava "buscando todos os esforços para cumprir o quanto antes com a antecipação de tutela". Houve imediata resposta dos legais que cuidam do SL 127, evidenciando porque o TRF1 não poderia atender o pedido da AGU e, de fato, o Tribunal não concedeu a suspensão de segurança, num texto onde citando a decisão anterior que exigiu o pagamento das aposentadorias o TRF1 afirma que "não há motivos para que a sentença não produza seus efeitos frustrando,mais uma vez,justas expectativas de aposentados e pensionista de perceberem a complementação de seus proventos.... "e concluindo com esta frase: "Isto posto,Indefiro o pedido da União". Segundo os legais do Aerus "Cabe recurso dessa decisão, porém sem efeito suspensivo.Ou seja,a União deve pagar já no próximo mês, o que não significa que ela irá pagar." Foram tomadas as providências cabíveis, "apoiadas em mais uma decisão judicial,caso isso não ocorra",conclui o comunicado.

domingo, 19 de agosto de 2012

NOVO APELO A BRASÍLIA PELOS "EX" DA VARIG

Nelson P.Ribeiro fica na espreita na internet, à procura de textos a favor do Aerus e dos ex-funcionários da Varig.E os divulga pontualmente, com o objetivo que todo mundo tome conhecimento deles e dos esforços que estão sendo feito para conseguir algum resultado.O último texto em ordem de chegada é da quarta feira passada e o seu autor é mais uma vez o ex-comissário de bordo da Varig, Paulo Resende. É uma mensagem longa e triste, um resumo de seis anos de penas coletivas, endereçada em cópias pessoais à Ministra Cármen Lúcia e a seus 10 colegas do Supremo Tribunal Federal, assim como aos Senadores amigos dos aposentados,Ana Amélia, Alvaro Dias e Paulo Paim.A 15ª cópia vai para o escritório de advocacia do Dr.Castagna Maia. Paulo Rezende esclarece no cabeçalho: "Carta escrita por mim e que eu levarei pessoalmente para ser protocolada no Supremo Tribunal Federal amanhã,dia 15 de agosto de 2012". O texto é explicito,logo nas primeiras linhas da carta protocolada, onde o autor pede que "o processo da defasagem tarifária devida para a companhia Varig" seja colocado em Julgamento.Ele esclarece que, após que o Juiz da 14ª Vara Federal "deu ganho de causa para a ação impetrada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas"( se referindo à antecipação de Tutela SL127), os aposentados e pensionistas do Aerus/Varig "voltarão a ter sua dignidade de volta depois destes 6 longos anos e 4 meses de espera e sofrimento", mas ainda faltará "resolver a grave questão do todos os ex-trabalhadores da Varig e de suas respectivas famílias" que dependem da conclusão do processo de Defasagem Tarifária, pois "Os demitidos da Varig não estão incluídos nesta decisão de Antecipação de Tutela,infelizmente", Resende apresenta a seguir os dados desse processo " que já foi ganho em todas as instâncias jurídicas por onde passou.Só falta o STF julgar e bater o martelo dando ganho de causa do mesmo para a Varig.Queremos uma vitória completa, Exma Ministra Cármen Lúcia e demais ministros do STF....".E logo pergunta :"Porque não colocar o processo em pauta do Plenário do STF logo após o julgamento do Mensalão que está em andamento? Seria muito bom que todos nós tivéssemos o fim deste terrível pesadelo.. ..." . E encerra escrevendo "Precisamos ter ainda este ano de 2012 uma decisão definitiva." Vale a pena ler o texto integral da carta,na internet.

sábado, 18 de agosto de 2012

COBRANÇAS ILÍCITAS DE TAXAS AÉREAS

No Diário Oficial da União acaba de ser publicado um despacho que exige o cumprimento de uma sentença do ano passado,na qual de acordo com decisão da Justiça do Pará o Ministério Público Federal havia determinado que para desistência de embarque informada em até sete dias da partida,o usuário de serviços aéreos deveria pagar à empresa 10% de multa.Esse valor havia anteriormente sido fixado em 5%. Tendo chegado nos últimos tempos numerosas denúncias ao Ministério Público Federal, informando que as companhias estavam cobrando mais do 10% permitido, havendo algumas que exigiam para remarcação ou cancelamento até mais de 50%,o MPF emitiu sentença estabelecendo que as aéreas terão que ressarcir em dobro os valores cobrados ilicitamente.Estão incluídas na devolução obrigatória dessas taxas aquelas cobradas a partir de 5 de setembro de 2002, podendo representar para varias companhias valores bastante elevados, que naturalmente serão em muitos casos objeto de recurso judicial. Em relação à Tam e à Gol, o texto publicado no Diário Oficial estabelece uma multa única de R$ 100 mil para cada uma, se não demonstrarem num prazo de 15 dias que não cobraram de seus usuários taxas superiores a 10% para conceder-lhes a remarcação ou cancelamento das respectivas passagens aéreas.

GOOD-BYE PRIMEIRA CLASSE, OU QUASE

O "Wall Street Journal" dedica um longo texto a "longa e lenta morte" da outrora tão procurada first class dos voos internacionais.O autor,Jack Nicas, observa que,como constataram a maioria das empresas aéreas americanas, atualmente "poucos viajantes realmente pagam por ela".Não que a "first" tenha sido abolida por todas, mas segundo estatísticas nas rotas entre os EU e o resto do mundo não mais de 27% dos 500 voos regulares ainda a oferecem, com um número reduzido de assentos.Entre outras, a American Airlines os está reduzindo em todos os seus voos de 750 para apenas 80. Como já foi comentado várias vezes no site "Aeroconsult", a maioria das atuais classes prémium, ou executiva, substituem até com vantagem a tradicional primeira classe. Poltronas mais modernas e cômodas, espaço suficiente, preço bem menor, comida menos sofisticada, mas em geral excelente.De fato a classe premium tornou-se o complemento da viagem internacional dos executivos das maiores empresas e representa para as companhias aéreas um valido substituto da velha primeira, inclusive quanto ao valor que ela produz em receitas. Essa tendência não exclui todavia que haja aéreas que ainda oferecem, em particular em voos da Ásia e da Europa,sua exclusiva primeira classe aos passageiros ainda dispostos a pagar mais de US$ 10 mil para ter um assento reservado, ou ainda mais para uma suite privativa a bordo,com cama de casal e champanhe,como oferece a Singapore Airlines.Nos Estados Unidos nunca houve de parte das companhias aéreas um verdadeiro culto da first class,que raramente foi um sucesso, talvez por falta de mais requintes, à moda daqueles oferecidos pela AirFrance-KLM ou da Emirates. Portanto viva a classe premium, com a condição que não se repita nela o problema que degradou a primeira classe: deixar que, por disponibilidade de assentos vazios, passageiros não qualificados sejam upgraded e passem a ocupar indevidamente suas poltronas.

MINI-BALANÇO NACIONAL NA OLIMPÍADA

Antes do embarque para Londres da delegação nacional de 258 competidores, houve a previsão do Comité Olímpico Brasileiro de que ela voltaria com 15 medalhas,mas o ministro do Esporte,Aldo Rebelo, a achou muito modesta.Disse que considerando os resultados de Pequim, onde os brasileiros ganharam 15 medalhas, e os investimentos públicos feitos pelo governo nos esportes a partir de 2009,o Brasil "poderia sonhar com 20 medalhas".No quadriênio somente o Ministério investiu em várias formas quase R$ 1 bilhão, o COB e os patrocinadores estatais cerca de outro bilhão. No balanço final as medalhas foram 17, das quais 3 de ouro e 5 de prata, mas enquanto o judô ficou com a maior parte delas (quatro,das quais uma de ouro)seguido pelo boxe (com 3), em esportes mais tradicionais no país, como futebol e vôlei masculino, o Brasil conquistou apenas as medalhas de prata.E perdeu totalmente o título feminino de futebol e ficou sem disputar o de salto com haste.Coube a seleção feminina o título olímpico de vôlei e a Arthur Zanetti um inesperado ouro na ginástica artística, mas Cesar Cielo, excelente nadador, ficou apenas com o bronze nos 50 metros livres, da mesma maneira que a dupla de vôlei de praia Juliana/Larissa. Justamente, respondendo ao ministro, o presidente do COB,Carlos A.Nuzman, afirmou que não existe relação direta entre investimentos e medalhas.De fato , em primeiro lugar precisa alguém com qualidades de atleta, para disputar um titulo com outro da mesma categoria.Não fosse assim o predomínio dos EUA,China e Russia seria ainda mais acentuado.Mas sem treinamento e boa alimentação não há campeões. Parece que nestas Olimpíadas, onde se destacaram vários atletas nacionais pouco conhecidos, as que realmente falharam (em termos)foram as equipes de futebol e a masculina de vôlei,com destaques talvez por seus respectivos,convencidos treinadores.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

CRISE PORTUGUESA AFETA BALANÇO DA TAP

A Tap portuguesa, como a grande maioria das empresas aéreas do mundo,luta para fechar com superavit seus balanços ameaçados pela escalation do preço do combustível de aviação e pela crise econômica da Europa, que inclui Portugal entre suas protagonistas principais. Na véspera de sua privatização, cujo leilão está sendo aguardado para depois do longo verão europeu, a empresa - apesar da atual carência de novas aeronaves para ampliar seus serviços - tem conseguido aumentar a preferência de seus usuários,em particular no Brasil,transportando neste primeiro semestre 4.706.048 passageiros, com um crescimento de 4,7% sobre o mesmo período de 2011, que elevaram suas receitas de 9% em relação ao ano passado,representando 1.084 milhões de euros, valor que pela primeira vez superou num semestre os mil milhões. Com tudo isso,o aumento dos gastos com o carburante de aviação chegou a 20%, elevando o seu ônus sobre as operações de 325 milhões de euros no final de junho de 2011 para 390 milhões no mesmo semestre desta ano.O balanço do período foi negativo em 112 milhões de euro,embora melhor em 14,6% daquele relativo ao semestre do ano passado.Participaram desse resultado a Manutenção e Engenharia do Brasil, com perdas de 20,7 milhões de euros, embora menores dos 30,1 milhões de 2011, e os serviços prestados nos aeroportos pela Groundforce,que registraram prejuízo de 2,3 milhões,contra os 7,3 milhões do ano passado.A participação de mercado da Tap nos aeroportos portugueses chegou a 41,7%,e a aérea detêm 60% do tráfego do aeroporto de Lisboa.

PROBLEMAS DA HONG KONG AIRLINES SE REFLETEM NA AIRBUS

A Hong Kong Airlines tem apenas seis anos de atividades e quis desafiar a poderosa Cathay Pacific e a afiliada Dragonair.Ela decidiu entrar no começo do ano na rota para Londres oferecendo passagens 50% mais baratas daquelas da empresa rival, mas após o balanço semestral teve que renunciar a essa política suicida, e decidiu se dedicar somente a voar em rotas curtas, até que os usuários se acostumem aos seus serviços. Na euforia do começo, a Hong Kong havia encomendado para entrega em 2015 nada menos que dez A380 mas, diante das perdas na rota de Londres, decidiu suspender sua competição nas de "long haul",desistindo por isso da compra de US$ 3,8 bilhões que havia feito na Airbus.Ela não precisa de super-jumbos, mas de A320 e A330. A desistência da Hong Kong Airlines é mais um duro golpe para a Airbus, apesar do fato que no final de julho o atraso nas entregas dos A380 chegava a 177 unidades. O presidente da empresa,Yang Jianhong,para atenuar a reação negativa da Airbus declarou que é intenção de sua aérea substituir os Boeings da frota, que soma um total de 26 unidades, com modelos da construtora europeia, possivelmente com uma encomenda por um valor equivalente aquele que havia sido destinado aos 10 A380. As desistências da empresa chinesa se inserem na conjuntura do mercado de aeronaves, que atualmente não somente tem reduzido as encomendas esperadas pela Boeing e pela Airbus, como também tem registrado frequentes pedidos de transferência das entregas de aeronaves para o final de 2013 e começo de 2014.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A GOL PRECISA DE UMA ÂNCORA

Com o passar dos meses fica sempre mais claro que a sobrevivência da Gol depende de entendimentos com outra empresa, de preferência estrangeira.E ficou bem clara a razão do afastamento de Constantino Jr. da presidência:estão acabando os fundos para cobrir os compromissos que vencem : os recursos aos cortes de pessoal , assim como da transferência da data de recebimento dos novos leasings apenas expressam os eros estratégicos da política adotada pela Gol.A empresa pretendia crescer, sem possuir também um projeto de crescimento de sua rede nacional e de utilização dos direitos para voar ao exterior.Os mesmos que ajudaram a Tam, no ano passado.A Gol ficou parada, com excesso de capacidade e quando o preço do combustível subiu ( após que a empresa recorreu ao hedge para se garantir preços do querosene que resultaram mais elevados daqueles cobrados nos mercados)e quando o dólar ficou mais caro por decisão do ministro e prejudicou a maioria das atividades produtivas do país, menos as exportações,suas meninas dos olhos,começaram no quartel geral da Gol manobras para afastar comissários e pilotos, para reduzir um dos custos, mas deixando intocada uma estrutura que havia perdido as características low-cost de seu nascimento.Sem contar a participação, no ano passado, das quermesses com oferta de passagens baratas, que afetaram as opções de lucro dela e da Tam ,representando mais de R$ 1 bilhão de perdas conjuntas.Mas a Tam se encontrava prestes a entrar num porto mais seguro,no aguardo da aprovação da fusão com a chilena Lan,que veio pontual no final do segundo semestre deste ano, quando ainda ela conseguiu perder R$ 928,1 milhões.Em situação pior está a Gol, que amargou no trimestre um prejuízo líquido de R$ 715,1 milhões, sem saber como se justificar com os acionistas e com perspectivas nada otimistas no curto prazo, por falta de uma âncora que, como ocorreu à Tam, remova os riscos do naufrágio.De fato não parecem suficientes a redução de 130 voos da malha aérea, nem o afastamento voluntário ou forçado de 2,5 mil funcionários, pois de acordo com os analistas , há uma falha na estrutura de capital da Gol que atinge a relação entre sua divida líquida e Ebitdar, que é o desejado lucro após descontados todos os ônus de praxe na aviação comercial.Faltaria à inteira indústria um sistema de precificação adequado.

domingo, 12 de agosto de 2012

MINISTRO FALANDO DE TURISMO

Gastão Vieira ,Ministro do Turismo, deve ter reunido seus melhores colaboradores para com eles juntar inputs válidos para a elaboração de um artigo para a "Folha de S.Paulo".Desse esforço coletivo, pois careciam ao novo ministro conhecimentos e visão suficientes dos problemas do turismo brasileiro, foi elaborado o texto "Turismo, importante vetor da economia brasileira", que relata alguns fatos mas também levanta adiantamentos sobre os efeitos que medidas de natureza econômica deverão produzir nas atividades turísticas do país. O ministro, ou quem por ele,enfatiza que em 2011 o turismo nacional "cresceu 6%, o dobro da média mundial", sem explicitar as razões da performance, que basicamente foram identificadas pelos economistas como decorrentes da suposta passagem de centenas de milhares de brasileiros das classes D e C para a B.Um pulo e tanto, favorecido pela política social do governo à favor das classes mais sacrificadas. Mas não deveria ser ignorado que o maciço ingresso de novos viajantes no turismo comportou para eles compromissos financeiros que, por não ter sido totalmente cumpridos,destabilizaram os balanços dos bancos e por enquanto não poderão ser totalmente repetidos.Sem contar os obstáculos que poderão surgir devido à difícil conjuntura econômica do país. Esse crescimento do turismo, que no ano passado representou cerca de 3,6% do PIB nacional, segundo estimativas do IBGE,foi propiciado pelas melhorias salariais e não por medidas ad hoc,quais a "gestão descentralizada" do turismo citada, que na realidade sempre existiu e teve ocasiões para demonstrar no passado sua ineficiência. De fato, como já foi evidenciado por nós,na última década o turismo internacional para o Brasil não cresceu e, no sentido contrario, houve um aumento enorme do deficit causado pelos gastos de turistas no exterior.Em junho deste anos eles já superaram os US$ 10 bilhões, enquanto os visitantes estrangeiros deixaram no país pouco mais da terceira parte desse valor. O ministro fala de integração com Estados e municípios, de investimentos que "nos últimos anos ultrapassaram R$ 10 bilhões", além de "ter previsto orçamento de R$ 2 bilhões para essa área em 2012". E elenca as isenções e facilidades que estão sendo ou serão concedidas a vários setores da economia turística, pelas quais "como contrapartida, o governo espera a redução da tarifa final ao consumidor - medida que será fundamental para estimular brasileiros e estrangeiros....".Mas a espera sem controles prévios de algo "fundamental" é um risco, sendo possível que apesar de todas as desonerações se repitam casos como os acontecidos com o valor que estava sendo cobrado pelas reservas hoteleiras dos delegados da conferência Rio+20. Nos últimos parágrafos do texto assinado por Gastão Vieira não faltam idéias originais e propósitos governamentais para incrementar o turismo nacional,mas no final, após ler que o objetivo é que o Brasil "ocupe um lugar entre as três maiores economias do turismo mundial em 2022" , surge a suspeita de que, parafraseando o titulo de um drama de Nélson Rodrigues, "todo excesso de otimismo será castigado".

sábado, 11 de agosto de 2012

POLÊMICAS EM VOLTA DO AIRBUS A380

As polêmicas relacionadas com os "wing-cracks"que pararam ,ou vou obrigar as empresas que já receberam os A380 a parar para consertos esses valiosos super-jumbos da Airbus, estão longe de terminarem, pois existem enormes interesses em jogo. Entre eles, a Qatar Airways não gostou de ter que aguardar para receber aeronaves com o conserto na estrutura das asas, assim como a British, à qual o primeiro A380 devia ser entregue no ano próximo,não queria aceitar os A380 com as modificações atuais, mas sim os aviões que dentro de 18 meses serão construídos com o novo desenho da asa. A Qatar tem uma encomenda de 10 A380, que esperava receber até 2016, enquanto a British Airways, que aguardava o início da entrega de seus 12 super-jumbo em 2013,para evitar atrasos prejudiciais a seus planos de expansão, decidiu aceitar alguns modelos com as modificações feitas nas asas . Outra empresa, a Emirates, que tem 90 encomendas de A380, dos quais 21 ainda não recebidas, teme que deverá aceitar os consertos propostos pela Airbus em 35 dessas aeronaves, antes que seja concluída a entrega das restantes.Esse serio e caro contratempo tem criado tensões entre as empresas que encomendaram o A380 e a construtora,afetando também o encaminhamento de mais encomendas de outros modelos, com vantagem pela Boeing.

MAIS EMBARQUES E DESEMBARQUES NOS AEROPORTOS DO PAÍS

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias,SNEA, cerca de 93 milhões de passageiros embarcaram e desembarcaram durante o primeiro semestre nos aeroportos nacionais e internacionais do país, com um aumento médio de 7,94% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Snea se baseia nos dados divulgados pela Infraero, que por carecerem de detalhes sendo simplesmente transcritos dos registros da Polícia Federal, impedem uma analise que entre outras vantagens permitiria calcular o número preciso de estrangeiros que chegam ao Brasil. Atualmente esses dados são deduzidos de amostragens. No semestre passado o aeroporto internacional de Porto Alegre foi o que mais cresceu (56,29%) na comparação com os primeiros seis meses de 2011, devido aos voos internacionais da Tap portuguesa, que começaram a ser operados apenas a partir do segundo semestre de 2011.O fluxo internacional também cresceu 20,37% no Galeão e 17,96% em Brasília,enquanto o aeroporto de Guarulhos (Cumbica)confirmou a existência de problemas estruturais que afastam as operações aéreas internacionais, tendo permanecido com seu tráfego praticamente estanhado ( + 0,63%). Viracopos, na mesma área de São Paulo, registrou no setor doméstico um crescimento de 22,87%, seguido pelo Galeão (21,03%),Confins (20,65% e no quarto lugar Cumbica , que continuou atraindo os voos doméstico(13,6%): todos eles contribuíram para o crescimento médio de 9,8% na movimentação da região Sudeste, que entre todas teve a maior taxa de expansão.

DEPOSITOS DE BRASILEIROS EM PARAÍSOS FISCAIS PASSAM DE R$ 1 TRILHÃO

O Tax Justice Network,organização britânica que costuma levantar os valores depositados nos chamados "paraísos fiscais", o valor dos capitais brasileiros identificados nesses bancos que operam fora dos controles oficiais, já teria superado US$ 520 bilhões, equivalentes a mais de R$ 1 trilhão. Nada mal para um país onde dezenas de milhões ainda recebem o salário mínimo.Mas o Brasil não está sozinho : de fato ele ocupa o quarto lugar no ranking mundial,onde se encontra após a China (com US$ 1,2 trilhão),a Russia e a Coreia do Sul,ambos com cerca de US$ 779 bilhões.Nesses países,o após guerra favoreceu o surgimento de novas elites,incluindo especuladores,cuja maior preocupação foi proteger no exterior suas riquezas licita ou ilicitamente adquiridas. A pesquisa do TJN teria sido realizada após cruzamentos de dados do Fundo Monetário Internacional (Banco de Compensação Internacionais), do Banco Mundial e de alguns governos nacionais, chegando à conclusão que o total dos valores que se encontram depositados nessas contas "offshore" superam os US$ 21 trilhões.

BRASILEIROS CONTINUAM GASTANDO MUITO NO EXTERIOR

O Banco Central continua acreditando que com o dólar custando cerca de 2 reais os turistas brasileiros viajarão menos para o exterior e reduzirão seus gastos nas outrora chamadas "moedas fortes". Mas por enquanto, segundo cálculos do BC ( que não englobam as compras de moedas estrangeiras não oficiais)o primeiro semestre se encerrou com um aumento de 4,5% sobre os valores dos gastos registrados no mesmo período do ano passado,chegando a US$ 10,7 bilhões.Quanto aos visitantes estrangeiros, teriam gastos no país cerca de US$ 3,5 bilhões no primeiro semestre, valor que representa cerca de 1/3 das despesas brasileiras. Em junho teria havido uma queda de 10% das despesas dos turistas nacionais no exterior,mas assim mesmo no início da alta estação esses gastos chegaram a US$ 1,7 bilhão. A modesta "melhoria" na contenção das despesas com o turismo, provocou a redução de 2,7% no deficit das transações correntes do país, que ficou com um saldo negativo de US$ 25,3 bilhões e poderá ser menos oneroso somente se o Brasil voltará a receber preços mais altos dos atuais pela exportação de suas commodities.Por enquanto, são os investimentos estrangeiros diretos que atenuam os prejuízos nas contas externas: seu valor no primeiro semestre teria alcançado US$ 29,7 bilhões. Entretanto, permanece entre os analistas econômicos nacionais a sensação de que o Ministério da Fazenda tenha acreditado demais na possibilidade do Brasil ficar parcialmente fora das crises econômicas européia e norte-americana, tendo por isso adotado providências e incentivos de efeitos pouco significativos.O ministro Mantega estaria também enfrentando dificuldades para manter em volta de R$ 2,00 o câmbio do dólar, cuja tendência devida ao volumoso ingresso de moedas estrangeiras seria para um nível médio entre 1,75 e 1,85 reais.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ANAC PRETENDERIA IMPOR NOVAS NORMAS À PERDA DE BAGAGEM

A Anac,Agência Nacional de Aviação Civil, está elaborando novas normas que deveriam regulamentar o relacionamento entre passageiros e empresas aéreas, nos casos de perda de bagagem. Se ela forem aprovadas em audiência pública cuja data ainda não foi anunciada, tendo sido já parcialmente rejeitadas pelas companhias,a Anac vai exigir que por cada bagagem perdida, as empresas paguem ao passageiro, na hora da chegada R$ 305. A empresa terá prazo de 7 dias para devolver a mala, que se não for cumprido dentro de 30 dias exigirá uma indenização de até R$3.450.Se esse valor não for aceito pelo passageiro ele poderá acionar a justiça. Mudariam também as normas para a bagagem de mão, cujo peso fixado pela Anac é de 5 kg, podendo as companhias modifica-lo para mais, além de estabelecer a medida máxima desse volume.Não havendo bagagem de mão para embarque, a empresa poderá reduzir o custo da passagem.

PERDAS DA PETROBRAS EXCEDEM AS PREVISÕES

Pela primeira vez, após décadas de atividades, a Petrobras, que é uma das maiores empresas mundiais atuantes no setor petrolífero, fechou um único trimestre, entre abril e junho de 2012, com um montante extremamente elevado de perdas,que surpreendeu os analistas do setor mais pessimistas. Estava sendo prevista uma redução dos lucros para cerca de R$ 2 bilhões, mas o que aconteceu foi um prejuízo de R$ 1,35 bilhão para os acionistas.A Petrobrás tentou explicar os motivos das perdas numa teleconferência, citando custos exploratórios de R$ 2,4 bilhões acima dos contabilizados, o efeito da alta do dólar que afetou o preço dos combustíveis importados, a desvalorização de estoques mantidos fora do país, o baixo lucro dos setores de gás e energia, o preço baixo da gasolina vendida no país. Mas nem todo mundo conseguiu entender como uma empresa com uma receita de R$ 68 bilhões, ainda consegue fechar seus balanços com prejuízo.

domingo, 5 de agosto de 2012

OLIMPÍADAS NÃO AUMENTARAM O TURISMO,MAS PREMIAM OS VENCEDORES

Os hoteleiros de Londres que esperavam lotar seus quartos ficaram frustrados,em particular aqueles com mais estrelas.Segundo os balanços da imprensa, uma semana antes do início dos jogos milhares de turistas tradicionais deixaram de visitar a cidade, sendo substituídos pelos "eventuais", interessados em assistir uma ou outra competição, pois para os europeus é fácil atravessar o canal que separa a ilha do continente.Os turistas verdadeiros, porém, transferiram sua visitar Londres para outra época, para não ter que enfrentar a confusão criadas pelos eventos desportivos. Assim, quem esperava ganhar mais dinheiro com o aumento do fluxo turístico - a começar pela administração da cidade e pelos donos de hotéis e restaurantes - aguarda agora o dia 12 de agosto, quando haverá o encerramento dos Jogos. Eles esperam que a partir dessa data o turismo volte ao normal, sendo que até agora a maioria dos visitantes optou por soluções econômicas e o seu número caiu verticalmente.Segundo a European Tour Operators Association, da média de cerca de 300 mil visitantes estrangeiros e 800 mil visitantes nacionais por dia que se verificava no verão,o fluxo na primeira semana das Olimpíadas ficou "muitíssimo abaixo" daquele de julho de 2011, com não mais de 100 mil turistas vindo de fora, enquanto se reduziram a menos de um quarto as vindas a Londres de moradores da ilha britânica. Todavia as mudanças não foram negativas para todos : Londres e a Grã Bretanha tiveram da suntuosa cerimônia de abertura uma grande propaganda, que deverá influenciar quem ainda não esteve no Reino Unido enquanto , entre outras vantagens, os moradores da capital ficaram mais folgados pelas ruas do centro, nos restaurantes e,em particular, em suas visitas aos Museus,normalmente invadidos pelo turistas. As Olimpíadas, além da glória , proporcionaram também incentivos pecuniários aos atletas vencedores. Nas provas de natação, a Confederação Brasileira pagará R$ 100 mil para quem conquistou o ouro e R$ 50 pela medalha de prata; no atletismo cada medalha de ouro vale R$ 30 mil, a de prata R$ 20 mil e o bronze R$ 15 mil.Entre os outros países,os Estados Unidos ainda não informaram os valores, a China desembolsará R$ 100 mil por cada uma das medalhas ganhas por seus atletas, a França cerca de R$ 60 mil, a Alemanha R$ 37 mil aos ganhadores da medalha de ouro.Além das extravagâncias de alguns países , inclusive os em crise econômica,quais a Coreia do Sul, que pagará R$ 600 mil por ouro conquistado; a Itália, que prometeu desembolsar a cada vencedor do titulo maior R$ 350 mil e a Espanha, que garantiu R$ 230 mil a quem ganhar a medalha de ouro. Projetando essas informações para 2016, ano de realização das Olimpíadas no Brasil, parece lógico prever que também no país deverão diminuir as chegadas de turistas vindo da Europa e da América do Norte, preocupados em evitar a confusão criada pelos torcedores nacionais e pelo segmento de sul-americanos, provavelmente interessados em assistir às competições mais populares,nas quais participam atletas dos respectivos países.De fato, as grandes distâncias entre o Brasil e os maiores centros turísticos mundiais,além do custo das passagens aéreas,poderão afetar as vindas por ocasião do Jogos Olímpicos de turistas que já conhecem o país , mas - se houver no exterior eficientes campanhas promocionais do país - eles poderão programar para "depois" a visita que pretendiam realizar durante o verão de 2012 do hemisfério norte.

sábado, 4 de agosto de 2012

O "JOGO DAS POLTRONAS" NA AÉREAS NACIONAIS

A Anac ,na administração anterior, decidiu que os passageiros dos voos domésticos tinham o direito de saber, antes de embarque, a distância entre as poltronas da aeronave na qual iriam viajar.Essa distância foi dividida em cinco categorias, entre o máximo de 73 cm e o minimo abaixo de 67 cm.Foi criado um selo de identificação que deveria ser colado na entrada do avião, onde nem todos os passageiros o descobrem, da mesma maneira que a "distancia" se encontra misturada com os dados da passagem, sendo eventualmente descoberta pelo viajante só após feita a compra. Somente a Avianca teria a inteira frota com as poltronas na distância máxima,a Azul e a Tam apenas parte,a Gol e a Webjet nenhuma aeronave.Aliás a Webjet tem os assentos mais apertados de todos, pois ainda utiliza os antigos B737-300 ,fabricados na década de 1980. A última novidade em tema de espaço vejo na semana passada da Gol. Possivelmente por estar com a oferta acima da demanda, a empresa anunciou a disponibilidade de assentos "sem vizinho" na poltrona ao lado,que o passageiro interessado poderá solicitar (inclusive na hora do check-in) pagando R$ 25 acima do preço do ticket normal,mas apenas nas aeronaves que voam na Ponte Aérea entre os aeroportos Congonhas e Santos Dumont.Os assentos são aqueles localizados na janela ou no corredor nas primeiras fileiras ( de 2 a 7 no lado direito,e de 3 a 7 no esquerdo) do Boeing 737-800.

TAM E GOL PERDERAM MERCADO NO PRIMEIRO SEMESTRE

A política de contenção da oferta, adotada este ano pela Tam e pela Gol reduziu a participação das duas empresas no tráfego doméstico.No primeiro semestre,segundo os dados divulgados pela Anac, elas ficaram com um share total de 73,78%, com a perda de 6,45 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2011. As empresas menores, Azul,Avianca,Trip e Webjet registraram no semestre um crescimento equivalente, tendo acrescido 6,73 pontos à sua participação de mercado, que totalizou 25,44%.A perda maior da Tam e da Gol aconteceu em junho, com a redução de 4,74 pontos percentuais,que foram para as restantes quatro empresas,cujo crescimento combinado no mês, na comparação com o ano passado,foi de 46,73%.Deve ser notado que em junho houve um crescimento de 11,3% na demanda por voos domésticos,frente ao resultado do mesmo período de 2011.Todavia a média do semestre continua abaixo da taxa do mesmo período de 2011,que chegou a 16,8% Na comparação com o ano passado, no inteiro semestre a Gol perdeu 2,44% do mercado, a Tam 0,38%, enquanto o crescimento percentual das empresas menores chegou a 56,72%. No setor internacional os embarques para o exterior em aeronaves brasileiras cresceu 3,11% no mês de junho, tendo a oferta aumentado de 1,01% em relação ao mesmo mês do ano passado. OS dados da IATA Segundo a Iata ,Associação Internacional de Transporte Aéreo, no mês de junho o tráfego global cresceu 6,2% se comparado com o mesmo mês de 2011.Houve aumento de 4,5% na capacidade oferecida e o aproveitamento médio chegou 81%. Mas apesar do resultado, com as empresas europeias crescendo 7,3%, segundo Tony Tyler,CEO da associação, as condições desse mercado são fracas e não é possível prever qual será a sua tendência nos próximos meses,pois está na dependência da solução dos mais urgentes problemas econômicos de alguns países da União Europeia.

PREOCUPADA COM AS PERDAS DA IBERIA A BRITISH ANUNCIA MUDANÇAS

O sensível aumento das perdas registradas no primeiro semestre pela IAG (International Consolidated Airlines)levaram o maior executivo do grupo formado pela British Airways e pela Iberia,Willie Walsh,a anunciar uma iminente reestruturação da empresa subsidiária visando corrigir os profundos e estruturais problemas da Iberia. "Existem inevitáveis redundâncias" afirmou, diante do fato que o IAG registrou perdas operacionais de 253 milhões de euros em seis meses de 2012,contra um lucro de 88 milhões no mesmo período do ano passado .As perdas foram totalmente causadas pela Iberia ,que teve um saldo negativo de 263 milhões de euros,reduzido pelo lucro operacional da British de 13 milhões. O executivo enfatizou que " os problemas da Iberia são profundos e estruturais e a conjuntura econômica aumenta a necessidade de mudanças estruturais permanentes,que podemos adiantar serão concluídas até final de setembro". São previstos cortes,mudanças nas rotas,visando melhorar as receitas com a reavaliação da inteira atividade da Iberia, à procura de custos competitivos e de serviços que permitam no longo prazo um crescimento lucrativo.

CONTRADIÇÕES ENTRE GOVERNO E INFRAERO SOBRE AS OBRAS NOS AEROPORTOS

Na semana passada, duas crônicas publicadas pela imprensa evidenciaram contradições entre as afirmações da Secretaria de Aviação Civil e as críticas que atingem a Infraero devido ao fraco andamento das obras programadas nos aeroportos do país.Enquanto o ministro Wagner Bittencourt Oliveira, em audiência pública realizada na Comissão de Turismo, garantia que essas obras ficarão prontas até a Copa do Mundo de 2014, ou "até antes, em ocasião da Copa das Confederações,em julho de 2013" , "descartou qualquer atraso no cronograma ",e detalhou o destino dos investimentos até agora efetuados, numerosas restrições à ação da Infraero nos aeroportos eram levantadas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pela Fundação Dom Cabral. Dados não oficiais afirmam que a Infraero encerrou o primeiro semestre de 2012 tendo concluído apenas 18,7% do orçamento de R$ 1,8 bilhão previsto para as infraestruturas do ano. Em particular, o Galeão teria recebido apenas 9,7% do investimento previsto,Confins 10,5% e Porto Alegre 15,2% Basicamente o Ipea afirma que a Infraero só executou 51,2% do orçamento do ano passado, ou seja pouco mais da baixa média registrada no período entre 2003 e 2011, quando nem chegou a 40%. De sua parte Paulo Resende,especialista em infraestrutura e logística da FDC,critica o andamento dos investimentos nos aeroportos ,afirmando :"O Brasil ainda não encontrou uma forma de tocar seus projetos de forma acelerada e, no caso dos aeroportos,isso é muito visível".Quanto ao pesquisador do Ipea,Carlos Campos Neto,foi ainda mais explicito declarando que " a Infraero historicamente tem problemas de gestão, sendo preciso ter uma administração mais eficiente". A Infraero,rebateu as críticas afirmando que "a execução do orçamento obedece às etapas de realização das obras" mas admitiu que o aeroporto de Recife ainda não recebeu a ordem de serviço para dar início à intervenção programada para este ano,enquanto em Fortaleza e Salvador as obras se encontram em fase inicial e no Rio os trabalhos no aeroporto Santos Dumont estão parados por determinação do TCU.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

NA ESPERA DA PRIVATIZAÇÃO,MAIS VOOS DA TAP ENTRE PORTUGAL E O REINO UNIDO

A data de privatização se aproxima, sob a pressão do plano de recuperação econômica do país,que visa reduzir os custos administrativos, desonerando o governo de gastos de competência da iniciativa privada.Somente assim Portugal evitará os vexames atravessados atualmente pela Grécia e pela Espanha e contará com o apoio do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional. Em reunião do Conselho de Ministros realizada na terça-feira, foram confirmadas as duas fases da privatização, que acontecerá com um leilão dedicado aos investidores interessados e, antes ou depois, com a oferta pública de ações exclusivas para os trabalhadores da Tap. Segundo a imprensa portuguesa, continuariam interessadas em participar do leilão a IAG (British/Iberia) , a Latam (Tam/Lan), a colombiana Avianca,a Qatar Airways, enquanto a Lufthansa (de acordo com outra fonte de informações) teria perdido a sua principal motivação para ficar com a Tap depois que ficou claro que a aliança que será escolhida pela Latam não poderá ser a StarAlliance. Entretanto,a diretoria da TAP acaba de anunciar que as ligações entre Portugal e o Reino Unido a partir do próximo mês de outubro serão aumentadas de duas frequências, reforçando a oferta de voos entre Lisboa e Manchester, que passará a ter um voo por dia.Assim, em 2012 a oferta da TAP entre Portugal e o Reino Unido sobe de 72 para 74 frequências semanais, incluindo 46 voos Lisboa –Londres,14 Porto – Londres, sete Funchal – Londres e sete por semana entre Lisboa e Manchester.

A JAPAN AIRLINES RESSURGE COM A AJUDA DO GOVERNO

A Japan Airlines, que a menos de três anos pediu concordata sob uma dívida de US$ 30 bilhões, está se preparando para voltar na Bolsa, onde em setembro lançará cerca de US$ 6 bilhões em ações.Algo surpreendente,que revela o sucesso da política da JAL para reduzir seus custos, que incluíram uma redução de 50% sobre os salários dos 32 mil funcionários atuais e de 30% sobre as aposentadorias.Sua reestruturação, com algumas características curiosas ( demitiu apenas 165 funcionários), teria possibilitado elevar a margem de sue lucro operacional para 17%,sem paralelo na indústria aérea mundial. As concorrentes asiática acreditam todavia que haja a colaboração do governo nessa rápida ressurreição.Lembram que, quando ocorreu a concordata, o governo apoiou o perdão especial de dívidas por US$ 6 bilhões, que a JAL recebeu um empréstimo de US$ 4 bilhões de um fundo público e que foi oficialmente isentada por prazo indeterminado do pagamento de impostos. Favores esses que sem dúvida facilitaram os esforços para manter a JAL no mercado asiático, apesar do fato que, segundo os analistas, a companhia equivalente, a ANA,teria qualidades para segurar sozinha o tráfego regional.

PERDAS DE US$ 1 BILHÃO DA AF/KLM NO 2º TRIMESTRE

A Air France e a KLM registraram no segundo trimestre perdas por 895 milhões de euro (mais de US$ 1 bilhão), contra os 196 milhões perdidos no mesmo trimestre do ano passado.As despesas de reorganização das empresas,visando reduzir os custos operacionais ,foram uma das causas do prejuízo, sendo que as perdas diretas desse setor já baixaram de 145 para 66 milhões de euros, evidenciando o resultado positivo das medidas tomadas.Resultados bem melhores são aguardados a partir de 2015, quando o plano de reestruturação dos custos terá sido completado.A empresa, segundo Jean-Cyril Spinetta, seu "chairman" ,informou que no segundo trimestre houve um rígido controle da oferta, que possibilitou 82,8% de aproveitamento médio,com 1,7 pontos de aumento sobre 2011.Todavia, devido às dificuldades do segundo trimestre, que se somaram aquelas encontradas no primeiro, o semestre de 2012 fechou com perdas líquidas de 1,26 bilhão de euro, mais que dobrando os valores registrados no mesmo período de 2011, quando totalizaram 564 milhões de euro.