sábado, 16 de junho de 2012

SINDICATO CONTRA AS DEMISSÕES DE AERONAUTAS

O Sindicato Nacional de Aeronautas, sempre vigilante,decidiu propor ao governo a adoção a favor da indústria de transportes aéreos de um pacote de incentivos, semelhante com aqueles que já estão vigorando para as montadoras de automóveis e da indústria de eletrodomésticos da chamada linha branca. A medida ajudaria as empresas aéreas domésticas a superarem  a conjuntura atual, que registra um número menor de embarques e o aumento dos custos operacionais, devido à escalação do preço do combustível. Com isso e com a redução por 60 dias da jornada de trabalho,as companhias poderão evitar de dar continuidade aos seus programa de demissões, entre as quais se destaca a Gol.
Já tendo demitido mais de 300 tripulantes, a Gol deverá demitir mais 130 pilotos,copilotos e comissários até o 1º de julho, totalizando com o pessoal de terra um corte de mais de mil postos de trabalho.
O presidente do SNA,Gelson Fochesado , está prevendo mais demissões na outras empresas, começando pela Tam, na fase conclusiva da união com a Lan chilena, e incluindo os tripulantes excedente na nova Azul/Trip, em consequência da redução do número de voos que elas irão operar após a fusão. Sem contar os efeitos da redução de quatro para três do número de comissários a bordo das aeronaves com até 150 lugares, autorizada pela Anac.
Segundo Fochesado, os cortes de pessoal podem afetar a segurança dos voos, pois se refletem na jornada de trabalho de comissários e pilotos, submetidos a horários mais extensos.
Entre as providências solicitadas ao governo, conta também com o apoio do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Snea,a redução do preço de venda do querosene da Petrobrás que, como é notório, no  Brasil é o mais caro do mundo. Seu preço é devido à manobra da Petrobras que - apesar de utilizar 80% de QAV (querosene de aviação) produzido por ela - cobra por ele o preço total que pagaria se o importasse, lhe acrescentando ainda o custo do frete e de nacionalização.O abuso vem de longe: mas até agora as empresas não tem conseguido a intervenção do governo para a redução do preço do QAV, item que sozinho representa mais de 30% de seus custos operacionais.O Snea relata que somente em 2011 o preço do querosene subiu mais que aquele de um barril de petróleo,chegando a 33,55% e que nos primeiros cinco meses deste ano a alta já totalizou 9,19%, pois os reajustes da Petrobras são mensais.  

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