sábado, 2 de junho de 2012

GOL E TAM PERDEM DINHEIRO E AFASTAM TRIPULANTES

O prejuízo de mais de 1 bilhão de reais, acumulado por Gol e Tam em seus balanços de fim de 2011 foi uma surpresa para os analistas do mercado aéreo.Agora eles estão tentando explicar porque, com um mercado doméstico que teve crescimento mensal de dois dígitos, as duas aéreas perderam dinheiro.
A opinião geral, divulgada também pelas empresas envolvidas, é de que a culpada disso é a "guerra tarifária".
As empresas venderiam seus assentos abaixo do custo - segundo o economista Claudio Toledo, um dos analistas mais informados ( pois assessora o SNA, Sindicato dos Aeronautas) -  para conquistar pontos na participação de mercado.Se assim for, a única que teve um sucesso evidente firmando sua terceira posição no ranking doméstico, foi a Azul, cujo maior executivo, Neelman, todavia não admitiu ainda que também a sua empresa fechou o ano no vermelho.As duas maiores, pelo contrário, além de perder mais de um bilhão de reais perderam pontos na participação de mercado doméstico.A Gol foi além, reduzindo a sua participação também no mercado internacional, onde a Tam cresceu mais um pouco,por falta de competidores nacionais.
Assim, deveria se concluir que as empresas identificaram nas demissões de tripulantes a opção mais válida para reduzir seus custos superiores às receitas, juntamente com a decisão de eliminar um comissário a bordo das aeronaves com até 150 assentos.
Gol,Azul,Webjet já adotaram a autorização da Anac e agora, em caso de necessidade de evacuação da aeronave, a operação de salvação dependerá da eficiência e boa vontade do passageiro sentado próximo da saída que, sem treinamento prévio, - se na emergência manter a calma necessária deverá ajudar os viajantes a deixar ordeiramente o avião, ficando supostamente por último.
O SNA não concorda com esse jeitinho,cuja validade ainda não foi experimentada.Da mesma maneira pensam os comissários, que até apoiam um movimento nacional para reverter a mudança. Quanto aos viajantes, além dos poucos que responderam à consulta pública relâmpago feita pela Anac,deveriam ser entrevistados a bordo durante o voo, para verificar suas reações à ausência do tripulante ao qual, confiantes, costumavam se dirigir quando encontravam pequenos problemas para ser resolvidos.

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