sexta-feira, 25 de maio de 2012

NO BRASIL HOTÉIS CAROS AFASTAM TURISTAS

Não é uma novidade afirmar que os hotéis no Brasil, com raras exceções, são caros, muito caros. Nem é um mistério que o número de quartos que eles oferecem é insuficiente para atender a demanda,particularmente em ocasião de acontecimentos internacionais . Aliás, é evidente também que é essa escassez que favorece a cobrança de tarifas elevadas.Sem contar a interferência de agências , como aquela que tem criado problemas aos participantes da próxima reunião internacional Rio+20, programada para o mês próximo no Rio de Janeiro.Ela acrescentava,em média ,uma comissão de 33% sobre o custo da hospedagem, motivando queixas de parte de delegações estrangeiras, que chegaram até a Presidência da República.
É um fato que se verifica também em outros setores econômicos do país : apesar dos investimentos dos últimos anos, a indústria hoteleira ainda está longe de alcançar índices de oferta de quartos que possibilitem ,através da competição,reduzir as tarifas que estão sendo cobradas.Ou, nos demais setores, os preços de produtos e serviços, muito mais elevados  dos similares importados.
Um estudo realizado pelo site "hoteis com", sob o título Hotel Price Index (HPI) analisa a situação da industria hoteleira no Brasil e no mundo: os dados que apresenta  explicam, em parte, porque o aqui o fluxo turístico é tão reduzido, considerando o tamanho e as atrações oferecidas na maioria dos Estados do país..
O texto analisou os preços de 142 mil quartos de hotéis que operam em varias partes do globo.Entre seus comentários, baseados em dados de  2011, se destaca a constatação de que os turistas brasileiros gastaram em média o equivalente a R$ 300 para se hospedarem em hotéis de quatro estrelas em Barcelona,Buenos Aires,Las Vegas,Lisboa e Madri, entre outros destinos internacionais. Na comparação com os preços vigentes no Brasil, pagando o mesmo valor os viajantes conseguiram acomodações de três estrelas em São Paulo e de apenas duas no Rio de Janeiro. Tarifas mais caras das brasileiras se encontram somente nos hotéis de Nova York,uma das cidades mais caras. Entretanto, no ano passado houve no Brasil um aumento médio de 10% nas tarifas hoteleiras, contra 4% na maioria das cidades do exterior.
Os hoteleiros nacionais atribuem aos impostos boa parte da responsabilidade pela tarifas que aplicam , mas entre os usuários prevalece a impressão que esse problema , que onera em porcentagens incríveis a maioria dos produtos e dos serviços oferecidos no país, poderia ser atenuado se em certos estabelecimentos houvesse menos ganancia.Se os pontos de partida, ele afirmam, fossem preços básicos menores, seria também menor a incidência de impostos e teríamos uma tarifa final mais acessível.

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