Os abusos da agência Terramar,que cobrava uma taxa de administração de 33% sobre o valor das diárias de hotéis no Rio, tem afastados grande número de interessados em participar da reunião de cúpula da ONU, que se realizará entre 20 e 22 de junho sob o título Rio-20.Chefes de estado e grupos interessados em ver aprovadas iniciativas e normas que protejam o futuro da Terra tem alterados seus planos de estada no Rio, após tomarem conhecimento das diárias que alguns hotéis estavam cobrando, não somente para os pernoites, mas também exigindo o pagamento da pensão completa.
Com o atraso usual, as autoridades tem bloqueado a intermediação abusiva da Terramar, que deverá ser obrigada a devolver os excessos das taxas de administração já cobradas e será afastada da comercialização dos quartos ainda disponíveis.O contrato ganho pela agência,na licitação realizada pelo Itamaraty, será objeto de investigação, a pedido do deputado federal Otávio Leite.
Só para se ter uma ideia do lucro (e do abuso) da agência, basta comparar os preços que estavam sendo cobrados em Copacabana por hotéis quatro estrelas, com os valores que a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio,ABIH-RJ fixou para essa categoria : eram cobrados entre R$ 853 e R$ 1.180 quando o preço oficial,sem comissão,é de R$ 687.E havia quartos três estrelas, na Avenida Atlântica ,oferecidos a R$ 1.254 ou R$ 1.423 (duplo) por noite.
Ontem foi desfeito o bloqueio de 10 mil quartos feitos pela Terramar e,numa reunião que a pedido da presidente da República reuniu Embratur,Casa Civil,Ministérios das Relações Exteriores e da Justiça, ficaram estabelecidas as novas diárias e imposto à agência a devolução,aos que já pagaram suas reservas, dos valores excedentes aos normalmente cobrados.
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