sábado, 18 de agosto de 2012

GOOD-BYE PRIMEIRA CLASSE, OU QUASE

O "Wall Street Journal" dedica um longo texto a "longa e lenta morte" da outrora tão procurada first class dos voos internacionais.O autor,Jack Nicas, observa que,como constataram a maioria das empresas aéreas americanas, atualmente "poucos viajantes realmente pagam por ela".Não que a "first" tenha sido abolida por todas, mas segundo estatísticas nas rotas entre os EU e o resto do mundo não mais de 27% dos 500 voos regulares ainda a oferecem, com um número reduzido de assentos.Entre outras, a American Airlines os está reduzindo em todos os seus voos de 750 para apenas 80. Como já foi comentado várias vezes no site "Aeroconsult", a maioria das atuais classes prémium, ou executiva, substituem até com vantagem a tradicional primeira classe. Poltronas mais modernas e cômodas, espaço suficiente, preço bem menor, comida menos sofisticada, mas em geral excelente.De fato a classe premium tornou-se o complemento da viagem internacional dos executivos das maiores empresas e representa para as companhias aéreas um valido substituto da velha primeira, inclusive quanto ao valor que ela produz em receitas. Essa tendência não exclui todavia que haja aéreas que ainda oferecem, em particular em voos da Ásia e da Europa,sua exclusiva primeira classe aos passageiros ainda dispostos a pagar mais de US$ 10 mil para ter um assento reservado, ou ainda mais para uma suite privativa a bordo,com cama de casal e champanhe,como oferece a Singapore Airlines.Nos Estados Unidos nunca houve de parte das companhias aéreas um verdadeiro culto da first class,que raramente foi um sucesso, talvez por falta de mais requintes, à moda daqueles oferecidos pela AirFrance-KLM ou da Emirates. Portanto viva a classe premium, com a condição que não se repita nela o problema que degradou a primeira classe: deixar que, por disponibilidade de assentos vazios, passageiros não qualificados sejam upgraded e passem a ocupar indevidamente suas poltronas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário