quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A GOL PRECISA DE UMA ÂNCORA

Com o passar dos meses fica sempre mais claro que a sobrevivência da Gol depende de entendimentos com outra empresa, de preferência estrangeira.E ficou bem clara a razão do afastamento de Constantino Jr. da presidência:estão acabando os fundos para cobrir os compromissos que vencem : os recursos aos cortes de pessoal , assim como da transferência da data de recebimento dos novos leasings apenas expressam os eros estratégicos da política adotada pela Gol.A empresa pretendia crescer, sem possuir também um projeto de crescimento de sua rede nacional e de utilização dos direitos para voar ao exterior.Os mesmos que ajudaram a Tam, no ano passado.A Gol ficou parada, com excesso de capacidade e quando o preço do combustível subiu ( após que a empresa recorreu ao hedge para se garantir preços do querosene que resultaram mais elevados daqueles cobrados nos mercados)e quando o dólar ficou mais caro por decisão do ministro e prejudicou a maioria das atividades produtivas do país, menos as exportações,suas meninas dos olhos,começaram no quartel geral da Gol manobras para afastar comissários e pilotos, para reduzir um dos custos, mas deixando intocada uma estrutura que havia perdido as características low-cost de seu nascimento.Sem contar a participação, no ano passado, das quermesses com oferta de passagens baratas, que afetaram as opções de lucro dela e da Tam ,representando mais de R$ 1 bilhão de perdas conjuntas.Mas a Tam se encontrava prestes a entrar num porto mais seguro,no aguardo da aprovação da fusão com a chilena Lan,que veio pontual no final do segundo semestre deste ano, quando ainda ela conseguiu perder R$ 928,1 milhões.Em situação pior está a Gol, que amargou no trimestre um prejuízo líquido de R$ 715,1 milhões, sem saber como se justificar com os acionistas e com perspectivas nada otimistas no curto prazo, por falta de uma âncora que, como ocorreu à Tam, remova os riscos do naufrágio.De fato não parecem suficientes a redução de 130 voos da malha aérea, nem o afastamento voluntário ou forçado de 2,5 mil funcionários, pois de acordo com os analistas , há uma falha na estrutura de capital da Gol que atinge a relação entre sua divida líquida e Ebitdar, que é o desejado lucro após descontados todos os ônus de praxe na aviação comercial.Faltaria à inteira indústria um sistema de precificação adequado.

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