SÃO SOMBRIAS AS PERSPECTIVAS DE UMA RÁPIDA VOLTA DO 787

O US National Transportation Safety Board (NTSB), agência americana de segurança aérea , aprovou a autorização dada à Boeing pela FAA ( Administração Federal de Aviation ) para realizar alguns testes de voos sobre áreas desertas para tentar descobrir por que duas baterias de ions de lítio pifaram e se incendiaram a bordo dos 787 operados pelas empresas japonesas Japan Airlines e All Nippon Airways, nos dias 7 e 16 de janeiro, respectivamente no aeroporto de Boston e em pleno voo.Em declarações à imprensa, a presidente do NTSB, Deborah Hersman, afirmou que no primeiro acidente o fogo ocorreu em uma das 8 células na bateria,cuja voltagem caiu bruscamente de 32 a 28 volts, o que gerou um curto-circuito e teve como consequência um incêndio, que se propagou para as outras células da bateria.No segundo, uma bateria ficou carbonizada e causou um pouso de emergência. O pedido dos voos-testes havia sido encaminhado pela Boeing,com o objetivo de procurar as causas dos dois incidentes, após que a NTSB descartou uma causa mecânica,tendo analisado várias pistas,quais 'a carga das células, a fabricação da bateria e seu desenho', de acordo com as declarações de presidente do NTSB, que criticou também o processo de certificação da bateria realizado pela FAA, baseado nas informações que lhe foram fornecidas pela Boeing e pelas fornecedoras do equipamento,a francesa Thales e a japonesa GS Yuasa. Ela enfatizou não ser normal a ocorrência de 'dois incidentes com emissão de fumaça a bordo do avião em duas semanas' e que os dados utilizados para certificar a bateria do 787 devem ser reconsiderados.Ainda mais que a Boeing havia previsto que poderia haver "fumaça procedente de uma bateria menos de uma vez em 10 milhões de horas de voo", mas que isso se verificou duas vezes em menos de 100.000 horas de voo.Os testes serão realizados após tomadas providências especiais,incluindo a prévia inspeção do estado das baterias e o continuo acompanhamento de suas condições de eficiência. A atual situação fez a redatora do Blog da revista Air Travel World,Karen Walker,redigir um longo artigo cujo titulo afirma serem "bleaker" (mais sômbrias) as perspectivas de uma rápida volta em serviço do 787. Ela confirma as palavras de um seu colega,Aaron Karp, que afirmou "we have a long road ahead os us".Segundo a jornalista a autorização da FAA, referente aos testes em voo,"indica que o Dreamliner continuará parado per mais tempo ou, talvez, que precisará ser submetido a uma "´potential recertification".Isso seria um pesadelo muitíssimo caro, além de alterar "o cenário de uma situação já bastante séria para um "new-entry aircraft". No artigo citado por Karen Walker, o jornalista da ATW Daily News escreveu :"O NTSB precisa encontrar a causa do incêndio do 787 da Jal em Boston,através de numerosos testes e pareceres de experts. Não podemos esquecer que esses processos do NTSB "often takes months and sometimes years before settling on an incident´s cause".Se houver esse atraso para ter o veredicto sobre os incidentes,caso não surjam outros problemas ,"a Boeing não poderá evitar de elaborar um plano que esteja prevendo uma parada do 787 que " could very well last for an extended period of time",conclui Aaron Karp.