domingo, 9 de dezembro de 2012

SINDICATO E SNEA DISCUTEM AUMENTOS DE SALÁRIOS OU GREVE NO AR

Todo ano, quando chega a hora dos reajustes salariais dos aeronautas e dos aeroviários ,as empresas aéreas costumam "chorar miséria".Este ano, em vista das perdas bilionárias da Tam e da Gol,é fácil imaginar as dificuldades encontradas pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas para tratar do assunto Em reuniões preliminares realizadas com o Sindicado Nacional das Empresas Aéreas ficou evidente que as empresas haviam concordado em pagar o mínimo possível,cerca de 2%, mas também queriam evitar ameaças de greve que afastariam o tráfego natalino, pois quem programa uma viagem quer ter a certeza que poderá contar com um avião à sua espera no dia e hora escolhidas. Este ano a tática patronal se inspirou no divide et impera que vigorava aos tempos dos romanos:ou seja o Snea propôs inicialmente aumentos salariais inversamente proporcionais ao nível de remuneração das várias categorias. Isto é : receberia o "full" Índice Nacional de Preços ao Consumidor (5,99%) quem estava ganhando uma miséria (até R$ 852,31), e a seguir meio INPC seria concedido aos salários até R$ 2,999,99, ficando 25% do mesmo indicador para quem ganhava entre 3.000 e cinco mil reais.Com isso, considerando que o salário de um copiloto de voo doméstico chega até R$ 7.000 e aquele de um piloto alcança R$ 10.000, enquanto os mesmos profissionais que atuam nos voos internacionais recebem respectivamente, como máximo, entre 8 mil e 15 mil reais, as duas categorias ficariam fora do reajuste ou receberiam apenas um aumento simbólico,sem relação com o índice do INPC.Mas o recurso não funcionou e,diante da impossibilidade de encontrar índices de aumento satisfatórios para cada segmento , tomou consistência a ameaça de greve, antes das semanas do Natal e do Ano Novo. Até ontem o Snea havia excluído a possibilidade de atender,também por aproximação, os pedidos de aumento salarial das duas categorias ,que estavam entre 12% e 15%, de acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas. A decisão sobre a greve é aguardada para esta semana, após uma reunião final entre as partes.

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