sábado, 20 de outubro de 2012

É MELHOR DESCONFIAR DOS REMÉDIOS,ESCREVE "THE ECONOMIST"

A revista "The Economist" faz essa alerta,baseada no conteúdo de um livro escrito por Ben Goldacre, um médico que antes de publicar "Bad Pharma" realizou uma ampla pesquisa no universo de US$ 600 bilhões representado pelas indústrias farmacêuticas.O livro ainda não é encontrado à venda, pois será publicado só em janeiro nos Estados Unidos, mas quem leu suas 430 páginas ficou impressionado. Basicamente ele analisa os escusos caminhos que a maioria das industrias percorrem para que seus novos remédios sejam aprovados pelas autoridades sanitárias e afirma que com grande frequência os próprios médicos que os prescrevem não tem a menor ideia sobre a sua eficácia. Após afirmar que a "Medicine is broken", o autor conta os procedimentos percorridos supostamente pelos laboratórios para conseguir que seus novos medicamentos sejam considerados melhores que outros já existentes no mercado e para que tenham seus reais efeitos colaterais minimizados. A partir dos testes previamente realizados, que nunca contam que eles foram insuficientes ou inexpressivos clinicamente.Sua grande preocupação é convencer os médicos a prescreve-los, no lugar daqueles do laboratório concorrente. Técnicos em controles de qualidade,jornais de medicina,estudos "especiais" até assinados por nomes de prestígio do mundo da medicina, são com frequência envolvidos nesses "lançamentos" e os médicos, até o mais sérios, acabam sendo influenciados pela quantidade de propaganda e de amostras que recebem das indústrias. O autor conta inúmeros casos de fraudes referentes à eficácia e tolerabilidade de remédios apresentados com salvadores.Sem contar as dosagens,como no caso do remédio para reduzir a incidência de ataques de coração, conhecido como "statin". Na realidade existem vários tipos de statin,cada um produzindo efeitos diferentes: parece que no mundo médico quem o prescreve ignora o detalhe e que nenhum laboratório se preocupa em especificar as características peculiares do statin que produz.O mesmo acontece com outros remédios : aquele prescrito pode apenas aliviar, pode agravar,pode ser eficaz ou até levar quem o usa à morte.Mas a morte será sempre causada,dizem, por alguma insuficiência do doente

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