sexta-feira, 5 de julho de 2013

O PAÍS QUE NÃO QUÍS A COPA DO MUNDO

Todos lembram a emoção que precedeu a indicação do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.Chefes de Estado,autoridades,desportivos aguardavam a escolha, e o sucesso da candidatura do País foi atribuída justamente ao prestígio do então presidente da República e às garantias fornecidas à Fifa pelo país, em relação à modernização das infraestruturas esportivas,à organização dos jogos e à ordem pública.Grandes eventos são sempre grandes negócios,ainda que os maiores lucros diretos não ficam,em geral,para os países organizadores: todavia o acontecimento mundial, permanecendo em evidência por longos meses ,contribue no médio prazo ao incremento do turismo para esse destino.Mas é notorio que um campeonato mundial exige bilhões de dólares para ser realizado dentro dos parametros exigidos pela Fifa ou pelo Comité Olímpico.E sabe-se que foram esses investimentos para os eventos de 2014 e 2016,que tiveram papel preponderante nas motivações que durante semanas agitaram nas principais cidades do Brasil centenas de milhares de pessoas, insatisfeitas pelo fato que o governo estava permitindo a decadência das várias formas de assistências social,sempre mais carentes no país, e nada fazia para eliminar abusos nas altas esferas políticas e governamentais. Até hoje ,somente um país não quis ser a sede da Copa do Mundo de Futebol,apesar de ter sido indicado oficialmente.Contrariamente aos que nunca se candidataram,a Colômbia foi a única que renunciou à Copa do Mundo de 1986,num dramatico anúncio feito pelo seu novo presidente da República,Belisário Betancour.Ele justificou a histórica decisão com estas palavras :"Por preservarmos o bem público,por sabermos que o desperdício é imperdoavel.....Temos outras coisas a fazer,e não há tempo para atender às extravagâncias da Fifa e de seus sócios".Essas palavras nunca devem ter ecoado em Brasília.

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