sábado, 24 de novembro de 2012

A GOL DEMITE 850 ELIMINANDO A WEBJET

A Gol anunciou ontem a sua decisão de liquidar a Webjet, a congenere que estava com 5% de participação no mercado doméstico, foi fundada em 2005,e que havia adquirido em julho do ano passado por apenas R$ 43 milhões. A primeira consequência foi a inesperada demissão de 850 dos 1.500 funcionários da empresa. A justificativa dada pelo presidente da Gol,Paulo Kakinoff, revoltou os funcionários que protestaram pela "traição", e não agradou ao Sindicato Nacional dos Aeronautas cujo presidente,Gelson Fochesato lembrou que a empresa havia anunciado que só em último caso faria demissões pontuais,dentro de seu plano de fusão,tendo pelo contrario decretado o fim da WebJet, sem a menor consideração para a maioria dos que nela trabalhavam. Segundo as afirmações de Paulo Kakinoff ,"Essa medida está sendo tomada em função da devolução da frota. São aviões inviáveis economicamente nos atuais patamares de custo de combustível e de câmbio" : é intenção da Gol devolver no primeiro trimestre de 2013 às empresas de leasing os 20 aviões B737-30 da frota Webjet, por serem modelos antigos que consomem em média 30% mais combustível. A decisão da Gol, poderia contrariar os termos da aprovação de fusão com a Webjet, divulgados pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), pois não estava previsto que a congenere seria eliminada.Aliás, no começo do ano o ex-presidente da Gol, Constantino Jr. deu a intender em entrevista que a Webjet poderia se tornar uma sua empresa menor, que atuaria como "ultra low cost". A verdade,porém, seria outra:o motivo principal da compra foi absorver os quase 100 slots da Webjet, entre os quais alguns no aeroporto Santos Dumont em horários "preciosos" para as operações da Ponte;o segundo, que a Gol não quer reconhecer , foi eliminar uma empresa concorrente que operava nos mesmos aeroportos com tarifas menores.A mudança entre o que foi dito por Constantino Jr e o que ocorreu nestes dias teria sido imposta pelo desgaste financeiro da Gol,que até o momento estaria com perdas próximas de R$ 1 bilhão. A acontecido será investigado pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro, tendo o procurador do Trabalho Carlos Augusto Sampaio Solar,definido "abruptas" as demissões, com possíveis indícios de ilegalidade: de fato elas atingiram tripulantes e comissários,poupando 450 funcionários de aeroportos que foram absorvidos pela Gol.

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