domingo, 3 de novembro de 2013

ALITALIA E AIR FRANCE NÃO SE ENTENDEM :AEROFLOT É OUTRA OPÇÃO

No começo de outubro,quando se intensificaram as notícias de uma forte crise financeira da Alitalia,a empresa aérea italiana de bandeira,os contatos entre Roma e Paris se intensificaram,pois parecia obvio que a Air France-KLM, que já tinha participação no capital da aérea, atualizaria seu investimento.De fato a AF/KLM obteve muitas vantagens da crise da Alitalia,aumentando o número de seus embarques de e para a Europa e,sendo o insuficiente tráfego de long-haul o problema da companhia italiana,um entendimento com os franceses,em fase de crescimento e tendo bastantes aeronaves para tomar conta desse tráfego,seria a formula ideal para unificar suas operações conjuntas.Mas a AF/KLM pretendia tirar mais vantagens de uma mais ampla união com a Alitalia,elevando seu porcentual de participação e tomando conta da programação comercial das duas empresas.Todavia seriam necessários mais investimentos na reestruturação,que a empresa francesa queria evitar,pois desde 2008 já estava comprometida com a Pirelli e a Eni entre outras empresas italianas ,na privatização da Alitalia,tendo investido 323 milhões de euros para ter 25% do capital, ao qual se somou mais 1 bilhão de euros de outros investidores. Mas a esperada rentabilidade operacional não veio,e a AF/KLM ainda não resolveu todos os seus problemas comerciais,apesar das mudanças já realizadas para cumprir o compromisso de voltar ao lucro no máximo a partir de 2015.Da mesma maneira a Alitalia,apesar de ter cortados seus custos e renegociado contratos com seus funcionários e seus fornecedores,não conseguiu superar a crise causada pela redução do tráfego europeu ,além que pelo aumento do preço do combustível e pela concorrência das duas maiores empresas low-cost operantes na Europa,a Ryanair e a Easyjet. Atualmente,a AF/KLM parece pouco interessada em participar da recapitalização da Alitalia,cujo valor é calculado em 300 milhões de euros,além de outros 240 milhões que são garantidos pelos Correios e por vários Bancos, destinados a cobrir compromissos que vencem dentro dos próximos seis meses.Do ponto de vista operacional os analistas opinaram que em primeiro lugar,se a Alitalia conseguir novos capitais, deverá reduzir suas rotas de média distancia e fortalecer as de long-haul,além de modificar a sua política laboral e reforçar a sua rentabilidade.Não havendo atualmente essas garantias, parece que a AF/KLM esteja agora na espera da declaração de falência da aérea italiana,para como maior acionista dispor à vontade da Alitalia. Antes que essa eventualidade aconteça,vários executivos da companhia deverão viajar para o Oriente na próxima semana: seu destino será inicialmente Moscou,onde a Aeroflot tem dado indicações de interesse na discussão e na participação de um agreement com a Alitalia;e haveria também a possibilidade de contatos com a Lufthansa e a Etihad árabe. Mas até o momento o futuro da empresa italiana permanece crítico.

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