domingo, 10 de novembro de 2013

EX-CANDIDATA Á COMPRA DA TAP SE CONSOLIDA

O "Wall Street Journal Americas" de semana passada publica com destaque uma correspondência de seus representantes em Bogotá sob o título "Avianca vai da recuperação judicial à bolsa de Nova York".Nos primeiros períodos das quatro colunas do texto,pode ser lido :"Nos últimos dez anos,Germám Efromovich transformou a Avianca Holding SA de uma companhia aérea em processo de recuperação judicial e abalada por um atentado do narcotráfico,em uma das empresas lideres na América Latina.No percurso ele converteu uma aposta de US$ 64 milhões em estimados US$ 1,5 bilhão." A companhia colombiana,segundo o jornal,emitiu há dias seus ADRs na Bolsa de New York,captando no primeiro dia de negociações, pouco mais de US$ 400 milhões "que serão usados para dar continuidade a planos de expansão".Executivos próximos de Efromovich tem comentado que,na atual conjuntura dos transportes aéreos internacionais, a compra da Tap portuguesa na próxima rodada do previsto segundo leilão de privatização, representaria o objetivo considerado por ele prioritário para dar à Avianca a expansão nos mercados europeus,aproveitando os mais de 75 voos semanais da Tap no Brasil, com conexões em Lisboa e no Porto para as principais cidades da Europa e acordos de joint-ventures que poderão levar a aérea colombiana até o Oriente.De fato, desagradou bastante a Efromovich a recusa da Câmara de Deputados portuguesa de aceitar a sua proposta de ficar com a Tap,apresentada em fins de dezembro do ano passado mas ,apesar de afirmar em várias ocasiões que "não pensa" em voltar a se candidatar se houver um novo leilão, estaria torcendo para que ainda no início de 2014 (estava em principio programado para setembro deste ano) Portugal reabra as inscrições para as empresas interessadas em adquirir a Tap,por algo mais de 1 bilhão de euros, dívidas incluídas.Valor da transação à parte,que é incorreta,tem aumentado recentemente a pressão sobre o governo de Lisboa para não se desfazer da sua empresa de maior prestígio, e de parte da União Europeia teria havido uma sensível mudança em relação à exigência ( que em 2012 era um "must")de que os governos não participem dos gastos de suas empresas aéreas. Haveria a esse respeito o exemplo da AirFrance, que está enfrentando seus onerosos problemas de reestruturação e as perdas de balanço com fundos cuja origem,apesar de não ser comprovado,seria totalmente governamental.Portanto o capital da empresa colombiana talvez não seja suficiente para convencer o governo português de que resolverá seus problemas estruturais vendendo uma empresa aérea dinâmica, arrecadadora de euros e dólares, em troca de pouco mais de um bilhão de euros. Sem contar a frustração da maioria dos portugueses.

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