sábado, 12 de outubro de 2013

EXCLUÍDA PELO PLANALTO A AJUDA GOVERNAMENTAL ÁS AÉREAS

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas,Abear,ainda não se conscientizou de que o ministro da Secretaria de Aviação Civil,Moreira Franco,foi indicado pelo Planalto por razões políticas e que suas promessas estão sujeitas à aprovação prévia da Casa Civil, para se transformarem em providências.E que em relação à ajuda solicitada pelas empresas,a Casa Civil rejeita as propostas apresentadas pela Abear,das quais aquela relacionada com a mudança da fórmula de cálculo do preço de venda às aéreas do querosene de aviação,que parecia a mais lógica - pois há evidente abuso de parte da Petrobrás no calculo - face ao iminente aumento do preço da gasolina comum, também se fosse aprovada provocaria agora uma redução insignificante no costo do QAV. Objetivamente, quem viu a Varig entregue pelo governo ao seu destino,concorda com a atual posição do Planalto em relação à industria de transportes aéreos,pois se não foi na época encontrada uma formula para salvar uma empresa que após décadas de atividade havia alcançado prestígio global, não haveria atualmente motivo para utilizar o dinheiro dos contribuintes para permitir às duas companhias maiores de sobreviverem,se lhes falta capacidade técnica e administrativa para fecharem seus balanços sem perdas.Aliás,neste período, a própria IATA assinalou a incapacidade das aéreas brasileiras de reagirem a uma conjuntura difícil para toda a indústria. Na realidade,das quatro empresas que operam no país,somente a Azul, pela experiência anterior de seu fundador no mercado americano,tem revelado qualidades para crescer e conquistar novos usuários.A Avianca ,talvez a mais dinâmica, parece onerada pelo fato de ter origem no exterior e das duas maiores, uma tem tentado criar uma imagem "low-cost" inexistente e recorrido a quaisquer entendimentos para alimentar seu fluxo de caixa, enquanto a outra, após a perda de seu fundador,se entregou a uma administração familiar que demonstrou carecer totalmente da visão estratégica que havia favorecido o seu crescimento, até perder virtualmente a sua identidade nacional numa fusão que até agora só lhe deu prejuízos. Em nome da Casa Civil, sua ministra-Chefe,Gleisi Hoffmann foi explicita na semana passada em declarar ao jornal "O Estado de S.Paulo" que não haverá ajuda governamental a favor das empresas aéreas em dificuldades,inclusive com a redução de impostos de várias origens,que afetaria balanços estaduais já em crise.Entretanto, as duas aéreas principais já acumularam R$ 1,1 bilhão de prejuízo no primeiro semestre do ano e continuam perdendo tráfego com as medidas de redução da capacidade que oferecem.Só lhes resta o recurso ao aumento das tarifas,que já atingiu os dois dígitos neste ano,contribuindo ao crescimento do índice de inflação.E os usuários pagam,como já se tornou um habito em todos os setores, na convulsa fase econômica atravessada pelo país.

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