A DANÇA DOS BILHÕES DE ELKE BATISTA

Havia um bilionário brasileiro,sétimo na lista dos mais ricos do mundo:em janeiro de 2010 ele possuía empresas que valiam nas bolsas R$ 67.1 bilhões e dez meses mais tarde esse capital subia para R$ 98,1 bilhões.O bilionário era Elke Batista.Seu grupo era representado por seis empresas de capital aberto ,com destaque para a OGX,dedicada à suposta exploração petrolífera,que sozinha valia R$ 75 bilhões.Mas as pesquisas nas águas do Oceano encontraram dificuldades inesperadas até ficarem praticamente paradas e em dois anos as ações da OGX perderam força nas bolsas:atualmente o seu valor de mercado é avaliado R$ 550 milhões,representando apenas 5% da dívida contraída pela empresa ,que totaliza R$ 11,2 bilhões.Os maiores credores da OGX são os que possuem no exterior seus bônus, cujo valor chega a US$ 3,6 bilhões e os fornecedores ,que reclamam outros US$ 500 milhões.Ontem o grupo de Eike Batista deu entrada na 4ª Vara Empresarial do Rio de um pedido de "recuperação judicial" - com o qual evitou a falência - que se for aceito o protegerá por 180 dias das cobranças de seus credores.Transcorridos os seis meses a OGX deverá apresentar-lhes para aprovação um "plano de recuperação" , prevendo valores e datas para os pagamentos rateados dos valores devidos a cada um deles.Há dúvidas sobre como se encerrará este clamoroso caso de insucesso , que teve como ator um executivo que recebeu citações e elogios por suas iniciativas de parte de instituições internacionais e da própria presidência da República : em vista do valor das dívidas,o mercado acompanha com pouco otimismo as tentativas para salvar o inteiro grupo da falência.