AZUL CONTINUA NEGANDO INTERESSE PELA COMPRA DE AÉREA PORTUGUESA

O fundador e diretor executivo da Azul,David Neeleman,admitiu que com o nível de câmbio atual não seria fácil colocar com sucesso ações da empresa na Bolsa:ele considera R$ 2,20 o ponto de partida e,por isso, aguardará até 2014 para lançar no mercado,como anunciado,as ações que ajudarão a Azul a compensar cerca de R$ 200 milhões gastos a mais nos últimos três meses para acompanhar a alta do dólar. Mais de 60% dos custos da companhia seriam pagos em dólar. Neeleman falou também do projeto de compra da Tap,que o mercado continua atribuindo à Azul,afirmando que "o momento também não é bom" para comprar a aérea portuguesa colocada à venda pelo governo ,por exigência da União Européia que quer aliviar os gastos de países com sérios problemas financeiros. Neeleman foi explicito negando seu interesse nessa compra, afirmando que a Azul está focada no tráfego do Brasil e por isso somente poderia compartilhar com outras empresas a realização dessa aquisição,em vista do grande interesse do governo brasileiro em que a Tap fique com uma companhia do país. Parece claro que a posição brasileira coincide com o objetivo do Planalto de ter outra empresa nacional competindo no mercado nacional,além da Gol e da Tam, além de evitar que outro comprador possa ter interesse em concentrar as operações da nova aérea num mercado diverso do brasileiro. Entretanto, apesar da crise do mercado aéreo ,as vendas da Tap no Brasil continuam em alta. Segundo Mario Carvalho, diretor da Tap para América do Sul, o volume de embarques foi 13% superior no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2012, deixando prever que o faturamento de 2013 poderá ser 15% mais elevado daquele do ano anterior.