quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ATO FINAL NO JULGAMENTO DAS RESPONSABILIDADES PELO DESASTRE DA TAM

Esperado há seis anos, o julgamento do acidente do voo 3054 da TAM começou ontem em São Paulo, com os depoimentos de duas testemunhas, que apoiaram o parecer da acusação,atribuindo à autorização para pouso e decolagens a responsabilidade pelo desastre,que custou a vida a 199 pessoas, na tentativa de aterrissagem do A320 no aeroporto de Congonhas. Realizado na 8ª Vara Criminal Federal, o julgamento das responsabilidades sobre o desastre tem três réus, acusados do crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo: Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, então diretor de Segurança de Voo da TAM, Alberto Fajerman, na época vice-presidente de Operações da empresa, e Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Anac. No depoimento, a desembargadora Cecília Marcondes, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, contou que, meses antes da tragédia, ao analisar um recurso à ação que limitava os pousos e as decolagens de algumas aeronaves no aeroporto de Congonhas, liberou as operações ao receber garantia da Anac de que a pista era segura. Depois do acidente, disse sentir-se ludibriada ao ouvir da ex-diretora da agência que o documento era apenas um estudo, insuficiente para atestar a segurança. Outra testemunha ouvida foi o piloto da TAM José Eduardo Brosco, que havia pousado um avião no dia anterior ao acidente e relatado em documento que a pista estava escorregadia. – Com o que a desembargadora disse ficou nítido e claro que o avião não deveria ter descido ali – afirmou o presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam), Dario Scott. Com cartazes e fotos, cerca de 20 parentes das vítimas fizeram vigília em frente ao Fórum. O procurador da República Rodrigo de Grandis disse ter convicção de que as provas levantadas pelo Ministério Público serão suficientes para condenar os três réus. A expectativa das famílias é a mesma.

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