terça-feira, 11 de setembro de 2012

GOL NA MIRA DA QATAR AIRWAYS

A Gol, como sempre acontece quando as conversações de negócios ainda não são concluídas,tem negado a informação que circula nos meios da indústria de que a Qatar Airways manteve contatos com a sua administração, visando confirmar o interesse demonstrado pela empresa brasileira em estreitar uma forma de colaboração que a ajude a sair da crise financeira na qual se encontra.Desde a publicação da informação pela revista Veja houve imediata reação na Bolsa de São Paulo das ações da Gol, que chegaram a subir 12% na abertura de ontem, para se estabilizarem em volta de 6% no período sucessivo. A negativa da Gol, que desde o ano passado tem acordo de code-share e, mais recentemente, tem assinado com a empresa asiática um entendimento em matéria de programas de milhagem ( que poderia se concretizar com a saída do "Smiles" da estrutura da companhia brasileira,que o herdou da Varig), não convenceu o mercado. De fato é notório que a Qatar procura uma aliança que lhe abra as rotas entre a Europa e a América do Sul, sendo que após tem demonstrado interesse em participar do próximo leilão de privatização da Tap portuguesa,teria optado para tentar uma fusão com a Gol, por considerar que essa segunda possibilidade tem características de maior urgência e teria facilidade de aprovação pela Anac, pois a formula encontrada pela Latam não interfere na lei do país que,por enquanto, ainda limita a 20% a participação do capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras.Poderia ser repetido o mesmo tipo de fusão que uniu a Tap à Lan chilena, realizando mais uma consolidação de empresas que está entre as prioridades sempre recomendadas pela IATA. Parece que a Qatar,que inicialmente viu na enorme rede da Tap no Brasil uma grande oportunidade de abertura para as suas rotas, teria perdido o entusiasmo inicial devido à demora do governo português na publicação do edital de privatização e pelo temor de que uma série de exigências burocráticas poderia limitar a sua liberdade operacional. A nova possibilidade de fusão não teria afetado o suposto interesse da Delta pela Gol,da qual possui 3% de ações,pois se estava nos planos dos americanos aumentarem sua participação no capital da companhia brasileira,isso poderá ser feito sem interferir na conclusão da eventual fusão com a Qatar.

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