OS POTÉNCIAIS COMPRADORES DA TAP

Sexta-feira é o dedline para a apresentação das propostas de privatização da Tap Air Portugal.Os candidatos deverão apresentar suas propostas vinculativas para a compra de até 61% da companhia aérea, cabendo ao Governo decidir, até ao final do primeiro semestre, a quem vende a TAP. Sabe-se que os interessados na compra da empresa estão há vários meses em consultações com assessores de peso: a Cuatrecasas Gonçalves, Pereira é a assessora jurídica da Azul, que tem o Barclays como assessor financeiro. De outro lado, a Abreu Advogados está assessorando o empresário colombiano Germán Efromovich, juntamente com o Caixa Banco de Investimento (BI).O escritório de advogacia de Uria Menéndez e Proença de Carvalho (UM-PC) e o banco de investimento americano. o JP Morgan, deixaram de assessorar Miguel Pais do Amaral,após que o empresário manifestou a intenção de desistir de apresentar a sua proposta de privatização. Segundo informações do Diário Económico de Lisboa,nas últimas semanas vários fundos internacionais teriam mantidos contatos com firmas de advocacia e bancos de investimento de Portugal, a respeito do dossier da TAP: entre eles Bancos de investimento como o BESI, que chegou a assessorar o Governo no processo de privatização lançado em 2012, e o Credit Suisse. De sua parte o Governo português, que neste processo está sendo assessorado pelo Citigroup e Vieira de Almeida, disponibilizou uma sala virtual com toda as informações financeiras necessárias para a apresentação de propostas pelos concorrentes, que só podiam ser consultadas depois de assinado o acordo de confidencialidade. O final do primeiro semestre está sendo apontado pelo Executivo como a data limite para a conclusão da privatização da companhia aérea.Somente a partir do encerramento do prazo para a apresentação das propostas, sexta-feira 15 de Maio,o Governo divulgará o número de entidades que assinaram o acordo de confidencialidade .Depois da desistência da Globalia, Miguel Pais do Amaral poderá ser o próximo a retirar a sua proposta, tendo o seu sócio norte-americano Frank Lorenzo reduzido o valor de sua participação no consorcio.Miguel Pais do Amaral não teria conseguido suscitar o interesse da companhia de aviação por ele procurada para manter a condidatura à Tap. Haveria ainda duas financeiras que receberam os dados confidenciais do "data room" da privatização:o Apollo Global Management, fundo de investimento norte-americano cujo interesse é conhecido desde Fevereiro e a Cerberus Capital Managment, outros grande fundo norte-americano que já tem investido em Portugal e se encontra entre os finalistas na compra do Novo Banco além de ter concorrido para a compra da Espirito Santo Property.Last but not list há o nome de uma empresa de risco británica, a Greybull Capital entre os que estiveram analisando o dossier da TAP.Mas a maior atenção é chamada por dois candidatos que por pertencerem à aviação comercial parecem apresentar as maiores qualificações para a compra da Tap:David Neeleman, dono da brasileira Azul, e Germán Efromovich, proprietário do grupo Synergy e da brasileira Avianca.Num segundo plano se encontraria também a Gol,mas ha dúvidas sobre a possibilidade que ela também apresente a sua proposta.Dos três,o mais ativo foi Germán Efromovich, o candidato colombiano recusado em 2012,que também tem nacionalidade polaca ( detalhe importante por apresenta-lo legalmente como europeu) se riuniu nos últimos dias em Lisboa com seus advogados e consultores.Quanto a David Neeleman,tem também demonstrado interesse na privatização da Tap e parece certo que até sexta feira apresentará a sua proposta Ao contrário de Germán Efromovich, a quem a nacionalidade polaca permite apresentar uma proposta por 61% da TAP, David Neeleman terá que encontrar forma de contornar a legislação europeia que proíbe que empresas fora do espaço comunitário controlem mais de 49% de companhias de aviação europeias. Não é por isso de descartar a possibilidade de Neeleman vir a fechar parcerias com fundos de investimento europeus.