A TRAGEDIA DE SER IMIGRANTE IRREGULAR

O prestigioso diário International Herald Tribune,na sua chamada edição global do New York Times, publicada na Europa na quarta feira passada,dedicou amplo espaço ao problema dos imigrantes clandestinos na Itália e à existência de centros nos quais eles, de acordo com a lei, podem ser mantidos por até 18 meses, antes serem em boa parte espulsos do país.O jornal relata que esses imigrantes sofrem medidas carcerárias que ,apesar de menos rigorosas daquelas destinadas aos culpados de crimes,são consideradas injustas e severas demais. Por isso estão se multiplicando as críticas de parte de entidades protetoras das liberdades individuais,que apelam para que sejam respeitadas as palavras "human rights". Recentes estatísticas informam que existem na Italia 7.944 imigrantes irregulares detentos,do total de 440.000 que supostamente vivem ainda livremente no país, e que em 2012 pouco mais de 4000 foram expulsos do país. A maioria deles chega ao sul da peninsula em barcos improvisados procedentes de países da África,que muitas vezes naufragam antes de atingir a Sicília ou a ilha de Lampedusa, se não foram antes interceptados pelas guardas costeiras italianas, que atuam no Mediterraneo,e que os obrigam a voltarem para a África.Entretanto continuam as polêmicas referentes ao direito de concessão da cidadania italiana aos filhos de imigrantes ,inclusive irregulares,que nasceram no país.