quarta-feira, 24 de junho de 2015

TAP ASSINA CONTRATO DE VENDA E DECLARA PREJUÍZO TRIMESTRAL DE 106,3 MILHÕES DE EUROS

Segundo o relatório oficial de gestão da Tap ,divulgado hoje,dia da assinatura do contrato de venda - relizado à presença de autoridades portuguesas e dos representantes da Azul - a Tapa divulgou que fechou o primeiro trimestre do ano com um prejuízo de 106,3 milhões de euros, contra perdas de 75 milhões no mesmo período de 2014.A esse valor devem ser somados os resultados da operação de manutenção no Brasil e do ‘handling': no total o volume de negócios da TAP SA,cresceu 4% e chegou aos 480,8 milhões de euros no final de Março, registrando um aumento no transporte de carga,que cresceu 10,9% , passando de 2,8 milhões para os 29 milhões de euros,valor todavia insuficiente para compensar as perdas no transporte de passageiros.O aumento da receita do segmento de correio e cargas foi causado em grande parte pelo mercado do Brasil, que cresceu 48%, "fruto de uma política agressiva de preços".De outro lado, a enorme crise em Angola, devida à queda do preço do petróleo, causou a quebra de 30% na receita do primeiro trimestre naquele que é o mais importante destino de carga da TAP".A manutenção foi um segmento positivo, chegando a 18,1 milhões de euros.Entretanto houve no setor de passagem uma perda de 0,8% ou 3,4 milhões de euros,apesar do aumento da procura, que avançou 3,7%, mas foi fortemente penalizada pela receita média por passageiro/quilómetro (‘yield') que desceu 4,4%,passando no final de março de uma média de 184,24 para 177,88 euros.Deve ainda ser enfatizado que o resultado foi condicionado pela instabilidade laboral vivida no segundo semestre de 2014. "O ano de 2015 é influenciado pelo comportamento do mercado e pelo período conturbado do segundo semestre do ano anterior",relata a TAP, acrescentando que "a ameaça de greve feita em Dezembro de 2014 refletiu-se diretamente na primeira quinzena de Janeiro" por via do "cancelamento de reservas",levando a companhia a "colocar dois aviões em ‘backup'", um de médio de curso que fica estacionado em Lisboa e outro de longo curso que fica no Brasil.O primeiro trimestre foi ainda penalizado pelo aumento dos custos com o pessoal,que subiu 4,7 milhões,enquanto houve uma variação de 5,5% nas contas do combustível,devido ao efeito combinado "da evolução do preço médio da tonelada (-25,1%), incluindo a cobertura de risco, com a evolução em sentido contrário do câmbio do dólar (+16,9%) e do aumento do volume de querosene adquirido (+8,1%)".

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