sábado, 4 de julho de 2015

TUDO SOBRE O ATO DE VENDA DA TAP E OS PROJETOS DOS NOVOS DONOS

Desde quarta-feira David Neeleman é dono(49,9%), junto com seu sócio português Humberto Pedrosa(51,1%), de 61% da aérea portuguesa TAP.A maioria de Pedrosa atende as exigências legais europeias,pois estrangeiros não pode controlar uma empresa aérea da União Europeia,da mesma maneira que isso não é permitido no Brasil,onde a participação de capitais estrangeiros é ainda oficialmente limitada a 29%. No evento transmitido ao vivo por alguns canais de TV do país. Neeleman fez questão de enfatizar que continuará a estratégia de expansão no Brasil, onde a TAP fatura 40% de sua receita, prevendo a abertura de mais oito a 10 rotas para o Brasil e 10 para os Estados Unidos, sendo que inicialmente no Brasil serão aumentadas as freqüências diárias em varias cidades.Nos EUA, a nova TAP deverá ter além de Nova York e Miami mais destinos como Boston, Washington e Chicago, e talvez Baltimore e outras cidades com numerosas coletividades portuguesas. O consórcio Gateway, que representa os dois grupos, prevê investir € 600 milhões até 2017 na TAP:cerca de € 345 milhões para o reforço do capital da empresa, dos quais € 270 milhões depositados ainda este ano e o restante em 2016.Para a compra de avviões está previsto o comprometimento de € 250 milhões, sendo € 150 milhões no fim de 2016 e € 100 milhões em meados de 2017. O valor final do investimento, porém, pode ser maior e chegar a € 800 milhões.O consorcio assumiu as dívidas da Tap,cujo valor estimado supera 1 bilhão de euros e conta com os aportes de bancos da China,Reino Unido e Alemanha,entre outros menores, que já externaram o seu interesse em finanaciar os projetos da empresa. O plano de renovação da frota da TAP, prevê a compra de 53 aviões, todos da fabricante francesa Airbus,cujo contrato ainda não foi firmado mas que começarão a chegar em 2017 : já foi decidido que serão adquiridos 14 A330-900neo (com dois corredores internos), 39 A321neo e A320-neo (corredor único).O uso de aviões menores, de um corredor, entre os dois continentes, visa reduzir os custos além de facilitar o aumento do número de destinos e frequências oferecidos pela empresa.Neeleman assinalou que foi cancelado o pedido anterior feito pela Tap de compra de modelos A350-900 (avião de fuselagem larga, dois corredores e alcance maior que o A330).Sendo o objetivo da nova Tap "fazer dinheiro"e por isso serão escolhidas rotas onde seja possível competir:"por isso estamos excluindo um voo entre Lisboa e a China,que exigiria aeronaves A350 e acabaria com o capital da Tap". "Azul e Tap são separadas",fez questão de enfatizar o presidente da Azul " pois quem comprou parte da aérea portuguesa foi ele,". Sua participação acionária é inferior aquela de `PedrosaSobre os financiamentos do BNDES brasileiro,- após evidenciar a impossibilidade legal dele se tornar acionista,- exclareceu que eles poderão servir para adquirir aviões menores,eventualmente da Embraer,da mesma maneira como ajudou a Azul a estruturar a sua frota,que é a maior do mundo formada por aeronaves brasileiras.Quanto ao apoio do governo brasileiro na operação de adquisição da Tap,em resposta à pergunta "se esse apoio foi decisivo" respondeu "Bom,ele sempre falou que ia dar apoio." Pedrosa,que na ceremónia teve destaque menor ao de Neeleman,fez questão de evidenciar que a Tap continuará a ser uma empresa portuguesa,tendo Lisboa como hub e mantendo em Portugal o seu centro de decisão.Neeleman confirmou a afirmativas do socio aos ministros e convidados presentes, aos quais pediu desculpas pelo sotaque gringo de "brasilcano": ele afirmou "Podem confiar na gente".Em resposta o ministro da Economia, Antonio Pires de Lima, observou que era um “dia de esperança para a TAP” enquanto as autoridades portuguesas insistiram em enfatizar que, pelas regras de concorrência da União Europeia, não podiam capitalizar a aérea nem privatiza-la e que será o consorcio Gateway que garantirá o futuro da Tap. Mais tarde, Neeleman e Pedrosa deram entrevista,na qual o presidente da Azul mostrou um adesivo colado no seu celular com a frase “Azul loves TAP”, com o logo das duas companhias e um coração no meio.A seguir confirmou já ter acertado a encomenda dos 53 aviões da Airbus,mas foi menos explicito em relação aos aviões Embraer. A expectativa era de que o consórcio, com o apoio do BNDES comprasse aparelhos da brasileira para renovar a velha frota da Portugalia, a filial regional da TAP para voos mais curtos na Europa, mas o assunto ainda precisa ser melhor definido,da mesma maneira que não há uma decisão sobre o setor de manutenção da TAP no Brasil, que tem dado prejuízos, mas que atualmente se encontraria em situação melhor pois com o real fraco tornou-se mais competitivo.Na entrevista Neeleman afirmou quw a expectativa no consórcio é de que a operação de compra da TAP seja aprovada entre agosto e setembro pela Comissão Europeia,com um atraso por causa das férias na Europa. Em seis meses, a nova equipe quer apresentar novos produtos, incluindo leitos na classe executiva e o “SkyCouches”, uma espécie de sofá para dormir.Ele não cessou de mencionar positivamente os 12 mil empregados da TAP, enfatizando que deixam de ser funcionários de uma empresa pública e passarão para uma empresa privada. Disse que não vai demitir, mas precisará aumentar a eficiência na companhia,prevendo que com o fim de indefinições e um plano arrojado de eficiência, a TAP poderá voltar a dar lucros já em 2016. Quanto à colocação de ações da empresa portuguesa no mercado, isso pode demorar alguns anos. O futuro de Fernando Pinto, que presidiu a companhia nos últimos 15 anos,parece definido, após que abriu a Neeleman as contas da Tap para mostrar-lhe que a compra podia ser um bom negócio,criando um laço de confiança, baseia-se nas suaa afirmações: "Irei sair da Tap nodia em que considerar que a empresa está no bom caminho, no caminho do crescimento”." Quanto ao risco de o Partido Socialista, se vencer as eleições este ano, tentar reverter a privatização, Neeleman avisou que o interesse do consórcio é ter o controle da TAP e não participação minoritária. Sugeriu aos portugueses decidir de uma vez se são, afinal, a favor ou não da privatização. Há também outro lado do negocio pouco divulgado pela imprensa: trata-se do ganho adicional que o Estado poderá gerar com a privatização da TAP. Ele ficou dependente do desempenho financeiro da companhia este ano,que deveria alcançar um resultado operacional de 280 milhões de euros para garantir um encaixe extraordinário de 134 milhões com a venda das acções da empresa.Esse valor nunca antes foi atingido,tendo o Governo pediu à equipe de Fernando Pinto que apresentasse medidas para possibilitar que o objectivo seja alcançado, mas o documento ainda não chegou ao Ministério da Economia e o consenso entre as partes tem sido difícil. Estes 280 milhões de euros de resultado ajustado (a diferença entre receitas e custos operacionais, excluindo encargos como o leasing dos avisões) foram fixados como meta no plano de negócios que a TAP entregou aos investidores no início de 2015. Na proposta que venceu a privatização, o consórcio Gateway (que une Humberto Pedrosa e David Neeleman) faz depender um pagamento adicional pelos 34% que vão ficar nas mãos do Estado do cumprimento daquela meta: são 134 milhões extraordinários, dos quais 90 milhões só serão entregues se houver uma oferta pública de venda em bolsa nos próximos quatro anos. O dono da Barraqueiro e o dono da Azul, que assinam o contrato de compra da TAP já na próxima quarta-feira, comprometeram-se a pagar dez milhões de euros por 61% da companhia de aviação e outros seis milhões pela opção de compra dos restantes 34% (a fatia de 5% que resta será vendida aos trabalhadores). Ou seja, neste momento o Estado tem apenas garantidos 16 milhões caso venda a totalidade das acções a estes investidores. E, por isso, é incerto se os cofres públicos vão arrecadar mais dinheiro no futuro com a venda da transportadora aérea, na qual Pedrosa e Neeleman vão ainda injectar 338 milhões de euros até ao final de 2016 a título de capitalização e para aliviar a actual pressão sobre a tesouraria. À diferença entre os 280 milhões o resultado real da TAP em 2015 será aplicado um desconto por cada euro a menos. À diferença entre os 280 milhões o resultado real da TAP em 2015 será aplicado um desconto por cada euro a menos. No entanto, até hoje houve apenas um exercício em que o resultado operacional ajustado da TAP se aproximou dos 280 milhões de euros previstos pela administração para este ano. Em 2009, a transportadora aérea chegou aos 272,4 milhões, mas desde então o valor nunca mais atingiu esse patamar. Tratou-se, aliás, de um ano excepcional, em que o resultado líquido do grupo, apesar de negativo em 3,6 milhões, melhorou significativamente face a 2008 (-288,4 milhões), fruto de profundos ajustes na oferta e de uma rigorosa contenção nos custos com combustível. Nos anos seguintes, o Ebitdar (que, no jargão financeiro, significa resultados antes de juros, impostos, amortizações e rendas de leasing da frota) caiu bruscamente: em 2010 foi de 192,4 milhões e em 2011 de 158,2 milhões. Só no ano seguinte voltaria a ultrapassar a barreira dos 200 milhões, alcançando os 208,2 em 2012 e os 225,4 milhões em 2013. No ano passado, este indicador ficou nos 178,3 milhões, ou seja, inferior ao valor de 2013. E, no período anterior a 2009 (para o qual não há relatórios e contas disponíveis no site da TAP), também não há indicação de que o grupo se tenha sequer aproximado dos 200 milhões. No ano 2000, por exemplo, o Ebitdar foi de apenas 78,9 milhões de euros. Este histórico mostra que as previsões da administração da TAP para este ano são ambiciosas. E é por isso que o plano de ajustamento que o Governo pediu à companhia de aviação se torna tão crucial. Inicialmente, o Ministério da Economia esperava que a equipa liderada por Fernando Pinto apresentasse medidas para dar resposta aos prejuízos de 35 milhões de euros provocados pela greve dos pilotos. Mas, agora que o ganho adicional do Estado ficou dependente do desempenho do grupo, o executivo quer que este plano também garanta que o resultado operacional de 280 milhões será atingido. O documento, que deverá chegar à Horta Seca na próxima semana, vai prever a redução de rotas e, consequentemente, ajustes ao nível dos recursos humanos. Mas o consenso entre a administração da companhia e a tutela não tem sido fácil. E, além disso, existe a preocupação de que as medidas a colocar em marcha possam causar instabilidade laboral e, logo, pôr em causa os resultados do grupo. A jogar a favor da administração da TAP está o preço do petróleo, que continua a um nível relativamente baixo, o que influenciará de forma muito positiva os custos da companhia de aviação com combustível. Mas, por outro lado, a transportadora aérea continua a lutar contra a redução das tarifas médias e a rentabilização de algumas rotas. desconto Massagem de 1 Hora à Escolha | 6 Opções - Av. 5 de Outubro 12€ PUB

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