segunda-feira, 13 de abril de 2015

MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE A PRIVATIZAÇÃO DA TAP

"A privatização é a única solução para a TAP, que necessita ser capitalizada, mas o processo tem de ser bem feito", afirmou Fernando Pinto,presidente da TAP,em sua mais recente entrevista,cujos pontos principais resumimos a seguir. Ele enfatizou que uma empresa com a relevância que a TAP tem para o país, não pode "ficar presa às regras do Estado", "principalmente, á impossibilidade de investimento e de capitalização", proibida na União Européia como ajudas governamental.Pinto define a Tap atual como "um peixe fora de água, na Europa", cujo mercado está hoje melhor do que em 2012 para privatizar, até porque "há claramente mais interessados na Tap". Quanto ao seu valor, "não é líquido que hoje a empresa valha mais: mas o problema real não é quanto vale, mas quanto paga por ela.Hoje há, claramente, mais interessados na TAP. Ou seja, o mercado está melhor. Se isso vai significar um valor maior ou não... o objectivo é esse, mas o importante é o Governo ter mais opções que lhe permitam tomar uma melhor decisão.A capitalização é fundamental, sobre isso não há dúvida e ninguém discute isso,mas o valor que vai ser pago pela empresa não deve ser considerado o ponto principal de decisão. Na minha opinião, a TAP tem uma importância tão grande para este país, que o importante mesmo é o futuro dela, manter o que hoje consegue dar e muito mais. A TAP hoje é uma das maiores empregadoras, uma das maiores exportadoras - 77% das nossas vendas são para fora de Portugal. É uma empresa que traz turistas para Portugal do mundo todo, com a ajuda da Star Alliance. Nenhuma empresa na Europa tem a relevância para o país que tem a TAP.Por isso não existe uma alternativa à privatização : ela precisa ser bem privatizada, pois com sua importância não pode ficar presa a regras do Estado, principalmente considerando a impossibilidade de investimento e de capitalização que o Estado tem, por uma questão europeia." Em relação às condições de nível laborial de proteção do funcionalismo decorrentes da privatização,debatidas com os sindicatos durante as últimas greves , segundo o presidente Fernando Pinto,a negociação foi ótima ,os dois lados ficaram satisfeitos.Em particular "por um lado acalmou os trabalhadores, isso era muito importante. Os trabalhadores ficam muito preocupados, a achar que se vai ser privatizada é outro mundo e vai ser complicado. Não se dão conta que a vida continua normal, a empresa vai continuar a crescer, vai-se desenvolver; mas dar calma ao trabalhador é muito bom. A forma como foi negociado foi um belo trabalho e colocou as coisas dentro dos limites possíveis.O acordo de empresa evita grandes choques. Isso deu mais tranquilidade a todos.Também a manutenção do ‘hub' em Lisboa, condicionada a um potencial comprador,que estaria na origem do desinteresse de grandes companhias como a Ibéria e a British Airways,seria mais um motivo que atrae as companhias quando analizam as vantagens da privatização pois "temos uma posição geográfica que ninguém tem". 74 SHARES 2L EITORES ONLINE

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